Não está fácil encontrar os preços finais mais baixos no site da low cost Ryanair, fruto de promoções com regras distintas que se sobrepõem, algumas propondo tarifas nulas, outras oferecendo as taxas de aeroporto, outras ainda oferecendo a nova taxa de check-in online (que, na prática, é agora um custo obrigatório e devia, por isso, estar integrada na tarifa).
Um exemplo: pesquisando um voo entre a cidade do Porto e Londres Stansted, na semana de 14 a 20 de Setembro, com a opção "my travel dates are flexible" seleccionada (para mostrar os preços dos voos em vários dias), aparecem tarifas de zero, 4,99 e 10 euros, pelo que seria de esperar que, somando todas as taxas, os preços finais fossem proporcionais. Nada mais errado. Na verdade, a tarifa de zero euros traduz-se num preço final de 6 euros, a de 4,99 euros passa para 41,48 euros e a de 10 euros fica em... 10 euros. Confuso? Sem dúvida.
A conclusão é só uma: a Ryanair deveria apresentar nos resultados das pesquisas os preços finais dos bilhetes, contendo todas as taxas obrigatórias, e não apenas o valor das tarifas. Tornar as suas campanhas promocionais mais coerentes também ajudaria.
A propósito das tarifas Ryanair, uma última nota: a fazer crer nas mais recentes campanhas de marketing da low cost irlandesa os seus preços mínimos terão subido 20%. Isto porque, até há pouco tempo, quando a Ryanair se referia a descontos sobre as suas "tarifas mais baixas" tinha por base de cálculo um preço de 10 euros por percurso ("50% sobre as nossas tarifas mais baixas", por exemplo, significava um voo a 5 euros); actualmente, o preço-base é de 12 euros, como comprovado pela campanha actualmente em vigor que oferece os tais desconto de "50% sobre as nossas tarifas mais baixas", traduzidos em voos a 6 euros por percurso.
Alma de Viajante
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