NOVA YORK - Mergulhadores encontraram nesta segunda-feira, no rio Hudson, o corpo de uma oitava vítima da colisão do sábado entre um helicóptero e um pequeno avião, que matou nove pessoas. Autoridades disseram, no entanto, que foi impossível recolher o corpo dos destroços em baixo da água.
Cinco turistas italianos, o piloto do helicóptero, o piloto do avião, seu irmão e seu sobrinho morreram no acidente sobre o rio que separa Nova York de Nova Jersey.
Sete corpos foram recuperados --os cinco italianos (sendo dois adolescentes), o piloto do helicóptero e o sobrinho do piloto do avião, de 15 anos--, segundo as autoridades.
Um oitavo corpo foi localizado na segunda-feira, mas não pôde ser resgatado, segundo Paul Browne, porta-voz da polícia de Nova York. O cadáver está preso às ferragens a cerca de 18 metros de profundidade.
O avião havia acabado de decolar da vizinha Teterboro, em Nova Jersey, por volta de 12h de sábado, quando se chocou contra um helicóptero que também havia acabado de decolar, para o que deveria ser um voo turístico de 12 minutos.
O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, disse que o avião, um Piper Saratoga, aparentemente atingiu a cauda do helicóptero, modelo Eurocopter AS350.
"A primeira responsabilidade dos pilotos é ver e evitar", disse Bloomberg. "Infelizmente às vezes as pessoas cometem erros. Não sei neste caso quem cometeu um erro. Isso cabe (ao Conselho Nacional de Segurança dos Transportes) decidir."
O acidente, que está sob investigação, imediatamente despertou propostas para uma maior regulamentação do tráfego aéreo sobre as águas que cercam Nova York e servem de rota para aviões pequenos.
"É realmente cedo demais para especular sobre o que aconteceu", disse Debbie Hersman, presidente do Conselho Nacional de Segurança dos Transportes, numa entrevista coletiva em Nova York.
De acordo com ela, a agência já fez recomendações que não foram cumpridas pela Administração Federal de Aviação, que supervisiona e regulamenta o uso do espaço aéreo.
"Acreditamos que se essas recomendações fossem implementadas, a segurança da aviação seria melhorada. Acho que o fato de estarmos aqui mostra que ainda há muito trabalho a fazer", disse Hersman.
Na média, 225 aviões operam diariamente em um raio de 3 milhas em torno do local do acidente, a no máximo 1.100 pés (335 metros), a altura do avião na hora da colisão, segundo ao Conselho Nacional de Segurança dos Transportes.
Estadão