São Paulo
- Não é de hoje que as companhias aéreas brasileiras registram
prejuízos milionários e têm de cortar os gastos para equilibrar as
contas. A novidade, conforme apurado pelo jornal "Folha de S.Paulo", é
que agora elas cortam despesas no conforto para dos passageiros.
A TAM, por exemplo, tem poupado combustível desligando o ar
condicionado da cabine dos passageiros. O sistema para de funcionar
quando o avião deixa o portão de embarque e só é religado após a
decolagem. Quando a aeronave pousa, novamente é acionado o "off" do
equipamento.
A economia pode até soar pequena em um primeiro momento, mas é sim
expressiva se levarmos em conta que a empresa faz 800 voos diários.
A reportagem ouviu um piloto da TAM que explicou que o desligamento
está ocorrendo há nove meses e que o avião é refrigerado por apenas um
dos dois sistema de ar. O problema é que só 25% desse ar refresca os
passageiros, o resto vai para a cabine do piloto e do copiloto.
Outra companhia aérea que faz algo parecido é a Azul. Um dos sistemas
de ar condicionado também é desligado, mas, somente enquanto o avião
está parado para embarque dos passageiros e com a porta aberta.
Menos serviços de bordo
Outra medida tomada pela TAM para economizar foi a retirada dos
fornos que esquentavam a comida em voos domésticos e nos internacionais
com duração curta.
De acordo com a companhia, a opção por refeições "frias, leves e
saudáveis" foi estimulada pela opinião dos próprios clientes, ouvidos em
uma pesquisa.
A Gol, outra empresa do setor com problemas financeiros, também
alterou o serviço de bordo. Primeiro, ela reduziu a água embarcada no
banheiro de voos curtos; em seguida, passou a cobrar por todos os itens
disponíveis e só oferecer água de graça na maior parte dos voos.
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