A Airbus quer tirar do chão pela primeira vez seu problemático avião de transporte militar A400M já na semana que vem, mas problemas políticos e financeiros podem impedir o voo do avião pan-europeu.
O A400M é um dos projetos de defesa mais ambiciosos da Europa. A controladora da Airbus, a European Aeronautics Defence & Space Co., fechou acordo com mais sete países da Organização do Tratado do Atlântico Norte para construir 180 aviões por 20 bilhões de euros (US$ 30 bilhões). Ambos os lados comemoraram o acordo como um modelo de integração europeia e prova da expertise do continente no concorrido setor aeroespacial. A EADS prometeu entregar o primeiro A400M este ano e absorver qualquer estouro do orçamento.
Mas quando os atrasos se multiplicaram nos últimos anos a EADS tentou renegociar o contrato. O programa já passou uns três anos do cronograma. O diretor-presidente da EADS, Louis Gallois, já disse que a empresa vai perder pelo menos 2,4 bilhões com o acordo, e que esse valor pode subir ainda mais.
Autoridades de defesa congelaram o contrato este ano e prometeram fechar um novo acordo até o fim do ano. O tempo está se esgotando, dizem ambos os lados, porque é preciso se preparar para o futuro com o sem o A400M.
Autoridades de defesa de seis governos europeus e da Turquia planejam se reunir hoje em Berlim para determinam um posicionamento conjunto para as negociações com a EADS. Elas têm que decidir se ainda querem que a EADS construa o avião, com quanto do estouro do orçamento vão arcar e qual será o o novo cronograma de entrega dos aviões se aceitarem manter o projeto.
A agência pan-europeia de compras de material de defesa, a Occar, contratou a PriceWaterhouseCoopers para auditar o programa e permitir que as autoridades compreendam melhor os custos e a situação do programa.
The Wall Street Journal
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