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O relatório final da Aeronáutica sobre o projeto F-X2, que envolve a compra de 36 caças para a frota da Força Aérea Brasileira (FAB), servirá como instrumento de barganha entre o governo brasileiro e a companhia francesa Dassault, fabricante do caça Rafale. Não mudará a opção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por esses jatos, tomada em setembro. Mas o conteúdo desse documento, que continua sob estudo do ministro da Defesa, Nelson Jobim, detalha se a França cumpriu todas as suas promessas de custo dos jatos Rafale e de transferência "irrestrita" de tecnologia ao Brasil.
Fontes do governo informaram que a data do anúncio final da vitória do Rafale no projeto F-X2, um negócio estimado em US$ 10 bilhões, depende desse tópico do relatório. Se a Dassault tiver cumprido todos os quesitos, como é esperado pelo governo, a decisão será divulgada em curto prazo e abrirá a fase restante de negociação sobre o contrato, incluindo os valores dos caças e a manutenção.
Em caso contrário, o governo terá na análise técnica da Aeronáutica - que, inicialmente, alertou para o alto custo do avião francês - seu instrumento para pressionar a Dassault e a administração de Nicolas Sarkozy a arrematar suas promessas.
Diário de Cuiabá - MT
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