O projeto ousado do empresário paulista que promete recolocar Lages e Blumenau no mapa da aviação brasileira
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Se cumprir à risca o plano que tem divulgado, a empresa novata de São José dos Campos (SP) nascerá como a companhia com maior número de destinos no mercado brasileiro. A Laguna pretende voar para 96 cidades a partir de dezembro. A Trip, com a maior malha aérea hoje, opera em 79 cidades. A Azul, para citar uma estreia recente, deu a largada, no fim de 2008, voando para Campinas, Salvador e Porto Alegre.
Outro detalhe importante: a Laguna pretende montar uma frota de segunda mão, com 48 aeronaves Fokker 100 e Fokker 50, compradas de companhias estrangeiras e com capacidade para transportar entre 50 e cem passageiros – a primeira entregue em setembro. Se isso realmente ocorrer, a Laguna surgiria como a terceira maior frota do país, atrás apenas das gigantes TAM e Gol, que possuem mais de uma centena de aviões cada.
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Souza estima que o investimento inicial necessário para fazer a sua companhia decolar é de R$ 70 milhões, excluindo-se a compra das aeronaves. Mas dá poucos detalhes sobre como pretende levantar o dinheiro. Ao site Ig, afirmou que não procura novos sócios e sim instituições financeiras dispostas a bancar o projeto. Segundo o empresário, haveria negociações “avançadas”.
O dono da Laguna justifica a sua estratégia ressaltando que apenas uma operação em grande escala reduziria custos e permitiria preços baixos. Ele cita como exemplo a futura rota entre Lages a Curitiba. O voo direto de uma hora ficaria na faixa dos R$ 100. De ônibus, a mesma viagem sai R$ 52 e demora seis horas.
A NHT, última empresa aérea a operar em Lages, há dois anos, cobrava mais de R$ 300 pelo voo, que durava quase duas horas. Mesmo com aeronaves para 19 pessoas, havia dias que ninguém embarcava em Lages, o que fez a companhia desistir da rota.
As 96 cidades para onde a Laguna quer voar foram escolhidas por Souza com base em linhas rodoviárias.
– Entramos em contato com as prefeituras e administradoras dos aeroportos, as adequações necessárias estão sendo feitas e temos certeza que teremos demanda – disse Souza.
O idealizador
- Ex-professor de física na rede pública de Lorena (SP), Daniel de Souza tirou brevê em 2000, nas nunca foi piloto comercial. Em 2001, obteve o CNPJ da Laguna, com o nome de Laguna Taxi aéreo. Não saiu do papel.
- O plano de colocar a Laguna no ar foi modificado e retomado este ano. Saiba mais em www.voelaguna.com.br.
Fonte: Diário Catarinense
desástres aéreos
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