Avião da Gol: empresa conseguiu crescimento de 41,2 por cento
São Paulo - Entre os objetivos traçados pela Gol para 2011 destaca-se a ampliação da vantagem de custos. A gol mantém-se como a principal empresa de baixo custo e baixa tarifa da América Latina.
Seu custo por assento/quilômetro é cerca de 30% menor que seus pares da América latina. “Temos que ter uma empresa sólida, que crie demanda, focada em custo e que gere receita auxiliar”, disse Leonardo Pereira, vice-presidente executivo financeiro e CFO.
A empresa calcula que a população brasileira possui 17 milhões de passageiros aéreos ativos – sendo que 128 milhões de pessoas podem pagar para voar. A Gol alcança hoje cerca de 20 milhões de pessoas e vê potencial para atingir até 130 milhões de passageiros. A classe média representa 47% desses 20 milhões.
As iniciativas para 2011 incluem o menor consumo de combustível – em 2010 inclusive, a empresa devolveu o modelo 737-300, que consome mais combustível. “Uma coisa só não resolve, é uma combinação”, disse o CFO. Essa combinação inclui iniciativas para proporcionar maior eficiência nos vôos, como o GPS Landing System e um sistema de acompanhamento de manutenção online. Nesse ano, entrou em funcionamento o centro de serviços compartilhados e foi feito um orçamento base zero. “A gente fez um regimezinho, tem sempre crescimento e gastos novos, temos que olhar os gastos a controlar”.
Outros objetivos para o próximo ano são procurar novos destinos e mais freqüências, expandir o Smiles, o VoeFácil e as receitas auxiliares. “A estratégia da gol tem que ser uma estratégia simples. Não vai existir milagre nos próximos anos”, disse o CFO.
Receitas auxiliares
Para as receitas auxiliares, a Gol destaca os serviços adicionais, como a venda a bordo e o entretenimento a bordo. Esse último serviço será uma espécie de intranet no avião - ele já está sendo testado em alguns voos da ponte aérea e seu início está previsto para o primeiro semestre de 2011. Outra contribuição às receitas auxiliares vem da GolLog. A receita de cargas e outras receitas representam 11% do total da receita operacional - há quatro anos era de 6% e a expectativa da empresa é que chegue a 14% nos próximos quatro anos. A GolLog entregou 78 mil toneladas em 2010. Em 2009 foram entregues 60 mil toneladas.
Oferta
“Vocês não vão ver da gente aventura em termos de oferta”, disse o CFO. No próximo ano a empresa vai receber quatro novas aeronaves (algumas podem ser usadas para substituição de antigas). “A gente já aprendeu que é fácil trazer avião mas é mais complicado retornar avião”, disse o CFO. A taxa de utilização atual é de 12,7 horas e há potencial para passar atingir cerca de 14 horas por dia, apesar de isso não ser um plano para o próximo ano.
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