FRANKFURT (Reuters) - A Lufthansa prometeu nesta quinta-feira promover cortes de custos mais intensos e reestruturar sua unidade deficitária na Áustria, alertando que a incerteza econômica e maiores preços de combustíveis devem afetar o lucro da companhia aérea alemã este ano.
"Será um trabalho árduo porque, para fortalecer o poder de ganhos do grupo de forma estrutural e sustentável, teremos de reconstruir o grupo e teremos de considerar tomar algumas decisões impopulares", disse o presidente-executivo da Lufthansa, Christoph Franz, em coletiva de imprensa sobre os resultados anuais.
As companhias aéreas na Europa vêm sendo atingidas pela combinação tóxica entre altos preços de combustíveis, fraca demanda pela crise de dívida no continente e pressão de novos impostos no setor.
Além disso, maior concorrência de rivais como Emirates e Etihad, que recentemente adquiriu uma fatia na segunda maior empresa aérea alemã, a Air Berlin, assim como companhias de baixo custo como Ryanair, têm garantido maior pressão.
Para elevar os ganhos, a Lufthansa planeja cortar custos em 1,5 bilhão de euros até o final de 2014, está vendendo a deficitária unidade britânica BMI e agora espera injetar cerca de 140 milhões de euros em capital novo na Austrian Airlines.
A companhia não especificou as medidas planejadas nem quantos empregos poderiam ser eliminados.
O lucro operacional da empresa diminuiu em quase 20 por cento em 2011, para 820 milhões de euros (1,07 bilhão de dólares), com estimativa de queda para perto de 500 milhões de euros este ano, em linha com consenso de 580 milhões de euros segundo a Thomson Reuters StarMine.
Na semana passada, a companhia divulgou prejuízo líquido de 13 milhões de euros para 2011, decorrente de encargos acima do esperado na BMI, que está sendo vendida para a IAG. Este ano, o lucro líquido deve ser beneficiado pela venda da unidade britânica.
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