Itinerário de Toledo prevê passagem por 11 países de quatro continentes em 125 horas de voo
Em um monomotor prefixo PREBA, o piloto Walter Toledo, de 20 anos, inicia no próximo dia 8 de julho a expedição “Brasil Voando Alto”. Seu objetivo é deixar seu nome no livro dos recordes, o “Guinness World Records”, como o mais jovem piloto a dar a volta ao mundo a bordo de um monomotor.
Se o planejamento der certo, Toledo percorrerá 11 países em 20 dias, usando 11 mil litros de combustível, e baterá a marca do jamaicano Barrington Irving, que em 2007 fez a viagem em 97 dias, aos 23 anos de idade.
Toledo nasceu em Lins (438 km de São Paulo) e há um ano mora em Ubarana (cerca de 498 km de São Paulo). Ele diz que desde criança é apaixonado pela aviação. "Sempre tive vontade de voar, e encontrei nessa expedição a oportunidade de matar vários coelhos numa cajadada só. Além de superar o jamaicano, ainda vou divulgar o Brasil para o mundo”, diz ele.
Desafio
O primeiro voo sozinho foi feito no aeroporto Campo dos Amarais, também em Campinas, no dia em que completou 18 anos. "O meu instrutor me perguntou se eu estava pronto. Mas eu achava que estava pronto havia seis meses. E lá fui eu. Não dá pra descrever a sensação de voar sozinho pela primeira vez”, disse.
O plano da viagem começou em novembro do ano passado, quando ele leu em uma revista especializada em aviação que o jamaicano havia batido o recorde de pessoa mais nova a dar a volta ao mundo a bordo de um monomotor.
"Comecei a pensar na possibilidade e planejar. Pensava: se está dentro do escopo da aviação, por que não?" A viagem está estimada em R$ 200 mil e conta com a participação direta de dez pessoas, entre assessores e um estrategista. .
O monomotor usado na expedição tem alcance de 1.300 milhas náuticas (2.400 km), altitude máxima de voo de 25.000 pés (cerca de 7.600 metros) e capacidade para seis pessoas. Com consumo horário de 72 litros por hora em voo de cruzeiro, o avião foi batizado de Piper Malibu Matrix.
Fora do Brasil, o monomotor deve parar em Granada, Estados Unidos, Canadá, Groenlândia, Islândia, Escócia, Inglaterra, França, Alemanha e Rússia. Da Rússia, ele volta para os Estados Unidos pelo Alasca, passa pelo Canadá, Estados Unidos mais uma vez, Granada e Brasil. A expedição termina em Campinas.
Para se preparar para a volta ao mundo, Toledo realizou em maio uma viagem experimental para as Ilhas Falklands, na América do Sul. A expedição durou quatro dias, com 28,5 horas de voo, para identificar possíveis dificuldades burocráticas na permissão de operação que podem ocorrer durante o projeto.
Recorde
Toledo terá como provas da expedição as imagens de GPS, registros de voo e também os carimbos nos passaportes dos países por que passar, além de vídeos e fotografias que serão produzidos pelo amigo e fotógrafo Eduardo Fleury, que vai participar da aventura. Na volta, todo o material será apresentado à equipe do “Guiness World Records”, que já inscreveu o projeto.UOL
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