|
A reunião vai ocorrer às 10 horas e terá a presença de
representantes do IBAMA e de membros das indústrias de defensivos
(Syngenta, Basf, Bayer, Rotam, Milenia) da Associação Nacional de Defesa
Vegetal (Andef), do Sindag defensivos (Sindicato Nacional das
Indústrias de Produtos para Defesa Agrícola) e das associações de
produtores de soja, cana-de-açúcar, algodão e cítricos.
Legislação Específica
Conforme Paim, o problema da medida é que, além de prejudicar
culturas importantes, ataca diretamente a aviação, justamente a única
forma de aplicação de produtos fitossanitários para a qual existe
legislação específica e fiscalização constante, abrangendo desde o
pessoal técnico e equipamentos envolvidos nas operações até as
instalações para limpeza das aeronaves. “O problema é menos com o
produto e mais com a aviação, o que é um contrassenso".
O presidente argumenta que a aviação é a forma de aplicação mais
segura hoje existente, devido à maior precisão e velocidade em relação
aos meios terrestres (o que também pode significar menos uso de
agrotóxicos). Além da vantagem de evitar as perdas por amassamento. “Sem
falar na redução de 77% na emissão de gases e 80% de economia de água
nas aplicações, em algumas lavouras”, cita Paim.
A proibição foi publicada no dia 19 de julho, no Diário Oficial da
União (veja o link no final do texto), com a intenção, segundo o órgão
ambiental, de proteger colônias de abelhas nas áreas de produção
agrícola. As entidades de produtores, aviação e indústria química se
reuniram com o IBAMA e o MAPA na última terça, em Brasília.
Foi desse encontro que surgiram sete grupos de trabalho para
estudar a situação (desde avaliar os efeitos dos químicos sobre as
abelhas até os impactos sobre cada uma das culturas e sobre a aviação) e
propor soluções para flexibilizar a medida. A reunião desta sexta é
para colocar os relatórios sobre a mesa e tentar um acordo.
Propostas
Entre as propostas apresentadas pela aviação, está o mapeamento das
áreas de apicultura e a interação entre os produtores de mel e os
produtores de grãos, frutas e fibras, para o manejo dos insetos e das
lavouras possa ser feito de modo a evitar o contato das abelhas com os
químicos.
Além disso, conforme Paim, apesar da aviação ter o melhor controle
sobre a deriva dos produtos (quando a nuvem de defensivos se desloca um
pouco para fora da área aplicada), podem ser adotadas técnicas para
minimizar ainda mais a deriva. Por exemplo, com aplicação de gotas
maiores nas faixas perto dos limites das propriedades.
O Brasil tem a segunda maior frota de aviões agrícolas do mundo,
com cerca de 1,6 mil aparelhos. Mesmo assim, as aeronaves são
responsáveis por 23% das pulverizações realizadas em lavouras pelo
País.
Atualmente, a maior parte das aeronaves de pulverização está
concentrada no Centro-Oeste, mas o Rio Grande do Sul tem cerca de um
terço das empresas de aviação agrícola. Conforme o Sindag, existem hoje
cerca de 260 empresas prestadoras de serviços e 200 aviões de
propriedade de produtores.
cenário mt
Nenhum comentário:
Postar um comentário