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terça-feira, 20 de outubro de 2009

Avianca torna-se a maior da América Latina

A companhia aérea colombiana Avianca anunciou fusão com Taca (Transportes Aereos Centroamericanos), de El Salvador, se tornando a maior empresa do setor de aviação na América Latina em rotas. O novo grupo passa a se chamar Holdco. Com a união, as empresas preveem faturar US$ 3 bilhões cobrindo 100 rotas no continente americano.

A Avianca faz parte do grupo Sinergy, do empresário Germán Efromovich, que também é dono da brasileira Ocean Air e da equatoriana Vip, que opera com aviões de pequeno porte. A brasileira passa por uma reestruturação e vai também ostentar a marca Avianca.

A união vai beneficiar os brasileiros, segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Estudos Estratégicos e de Políticas Públicas em Transporte Aéreo, Respício do Espírito Santo, já que haverá um maior número de oferta de voos na América Latina. ” E a oferta maior acaba reduzindo os preços das tarifas ” , diz o especialista.

Os executivos da nova companhia, Roberto Kriete, atual presidente da Taca, e Fabio Villegas, que ocupa o mesmo cargo na Avianca, observaram que, frente às companhias aéreas européias e americanas, a Holdco ainda será considerada pequena. Mas, apesar disso, os dois já vislumbram novas operações para a Europa, principalmente para a Espanha, para onde a Avianca já têm 17 voos semanais a partir da Colômbia.

Juntas as duas companhias latinas terão 129 aeronaves. Se somarmos com as 14 da Ocean Air, o grupo ficará com 143 aviões. Hoje, a TAM possui 132 aeronaves e a Lan Chile, 70.

A companhia chilena é considerada a maior companhia da América Latina, em vendas, com receita de US$ 4,28 bilhões em 2008, enquanto a TAM fechou o ano passado com R$ 2,8 milhões (US$ 1,6 bilhão).

A fusão se dará através de um aporte de ações das duas companhias. Para virar majoritário, a Avianca pagará US$ 40 milhões à Taca. No fim, o acionista da empresa colombiana, o grupo Sinergy, ficará com 67% da Holdco, enquanto o acionista da salvadorenha, Kingsland Holding, com 33%, segundo o contrato assinado na quarta-feira em San Salvador. Por enquanto, as empresas ainda ostentarão suas identidades corporativas, mantendo as marcas nas aeronaves. A fusão ainda depende de aprovação dos governos e dos órgãos de defesa da concorrência dos dois países. Por isso, as modificações nas companhias só começarão de fato em 2010.

O negócio ainda pode beneficiar a VarigLog já que o empresário Germán Efromovich será o novo gestor da companhia. Além disso, ainda tem um contrato de opção de compra da companhia de logística por US$ 100 mil, de três anos. A VarigLog opera hoje com apenas três aeronaves e passará a ter acesso a toda a frota no continente. Na última assembleia de credores da companhia, em setembro, Efromovich afirmou que uniria a operação da VarigLog à da Ocean Air.

Aviação Comercial

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