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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Gol aumenta tarifas pela 1ª vez em um ano


A Gol Linhas Aéreas, a segunda maior empresa de aviação do Brasil, aumentou as passagens pela primeira vez em um ano, uma vez que a economia do país dá sinais de recuperação.

A afirmação é do principal executivo da empresa, Constantino de Oliveira Jr.

A empresa está cobrando dos passageiros em média 12% mais no quarto trimestre do que nos três meses anteriores, disse Oliveira em uma entrevista dada hoje em Londres. As tarifas ainda estão "muito abaixo" dos preços de há um ano, disse ele.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deverá crescer 5% no ano que vem, depois de uma expansão estimada em 0,2% em 2009, segundo a pesquisa semanal do Banco Central.

Os ‘yields' (receita por quilômetro voado por passageiro) despencaram 30% no terceiro trimestre, uma vez que a empresa, sediada em São Paulo, tentou conquistar clientes da Tam, uma concorrente maior, e de empresas de descontos, como a Azul Linhas Aéreas Brasileiras, de David Neeleman.

"O importante é o seguinte: A gente precisa de uma recomposição de ‘yields'", disse Oliveira. "Os ‘yields' ficaram muito baixos. Já está havendo uma recuperação do ‘yield', porém sem prejuízo do estímulo ao mercado que as tarifas baixas têm promovido."

As ações da Gol mais do que dobraram este ano na bolsa de São Paulo, superando a alta do Índice Bovespa, de 80%.

Projeção de Mercado

A empresa melhorou a sua perspectiva de mercado para 2009 há uma semana, depois de ter tido no terceiro trimestre um lucro superior às estimativas de analistas. A Gol prevê um salto de 14% no tráfego doméstico, ou o número de passageiros multiplicado pela distância voada, este ano.

Anteriormente, a projeção era de um crescimento de 2% a 4% no setor.

Se o PIB crescer 5%, o tráfego doméstico deverá aumentar de 12% a 15% no ano que vem, segundo cálculos baseados no desempenho passado das empresas aéreas, disse hoje Oliveira.

A valorização do real no câmbio com o dólar e o declínio nos preços do combustível de jato contribuíram para que a Gol tivesse uma receita de R$ 77,9 milhões no terceiro trimestre, em comparação com o prejuízo de R$ 510,7 milhões no mesmo período de 2008.

A Gol provavelmente vai cobrar uma "pequena" taxa no quarto trimestre, relativa à redução dos contratos de hedge para os preços dos combustíveis, disse o diretor financeiro Leonardo Pereira na entrevista, dada depois que ele e Oliveira fizeram uma apresentação para investidores. O custo dos hedges no quarto trimestre serão menores do que os R$ 40,5 milhões do terceiro trimestre, disse Pereira.

A Gol tem cerca de 30% de suas necessidades de combustível de jato protegidos por hedge no quarto trimestre, a US$ 64,25 o barril, disse Pereira.

"O que a gente aprendeu, e foi o que o mundo mostrou, é que você não ganha dinheiro com derivativos", disse Pereira. "Os derivativos têm que ser uma coisa para ajudar realmente você a se proteger. Vou proteger a companhia em pelo menos 20% do consumo nos próximos anos."

Brasil econômico

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