Fernando Pinto, presidente da TAP, vai enfentar mais uma greve.
De acordo um comunicado, os pilotos reunidos hoje em Lisboa votaram a favor da paralisação e mandataram a administração do SPAC “para rejeitar a proposta da administração [da TAP] relativa à compensação pelos ganhos de produtividade dos Pilotos, por ser objectivamente insuficiente, desequilibrada e discriminatória dos Pilotos da TAP, face aos demais trabalhadores”.
Em causa está a renegociação do acordo de empresa que se arrasta desde Setembro e também a revisão salarial dos pilotos. O SPAC e administração da TAP já se entenderam quanto às medidas a adoptar para garantir o aumento de produtividade dos pilotos, mas não chegam a acordo sobre a valorização destes ganhos e consequente aumento salarial.
Tal como o Diário Económico avançou há cerca de duas semanas, a equipa de Fernando Pinto acredita que estão garantidos ganhos de cerca de cinco milhões de euros, enquanto que para o SPAC as alterações a introduzir ao Acordo de Empresa permitem a redução de custos operacionais e aumentos de produtividade na ordem dos 20 milhões de euros.
Os pilotos acusam por isso a administração da companhia de “ter desvalorizado, de um modo inaceitável, as inúmeras concessões que solicitou ao SPAC” e de “continuar a apropriar-se de uma fracção significativa do valor criado, desrespeitando o contributo e a dignidade profissional dos pilotos”.
Em Setembro, por altura da última paralisação dos pilotos, Hélder Silva, presidente do SPAC, admitiu que o aumento exigido pelos pilotos era na ordem dos 9,3%. Já este mês os pilotos recusaram a revisão salarial de 1,8% proposta pela administração da TAP e aceite por todos os outros sindicatos representados na companhia.
ECONOMICO
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