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Autoridades chinesas descobriram que 200 pilotos falsificaram seus históricos de voo, sendo que mais da metade deles trabalha para a matriz de uma companhia aérea envolvida no pior desastre aéreo em anos no país, informou um jornal local nesta segunda-feira. Investigações realizadas em 2008 e 2009 revelaram que companhias aéreas desesperadas por preencher seus quadros acabaram por contratar pilotos cujos históricos de voo haviam sido falsificados, publicou o jornal China Business News.
O periódico atribui a informação a Li Jiaxiang, diretor de agência chinesa de aviação civil. Segundo o jornal, Li teria feito a revelação durante uma recente teleconferência.
O relatório vem à tona em um momento no qual a agência investiga as medidas de segurança aplicadas nos aeroportos do país depois de a queda de um avião da Henan Airlines fabricado pela Embraer ter causado a morte de 42 pessoas no nordeste chinês em 24 de agosto.
Cinquenta e quatro pessoas sobreviveram ao desastre, ocorrido durante uma aterrissagem noturna em Yichun na província de Jeilongjiang. O acidente aéreo foi o pior ocorrido na Chine em seis anos.
Representantes do departamento chinês de aviação civil não foram encontrados hoje para comentar a revelação feita pelo China Business News.
Dos 200 pilotos mencionados na reportagem, 103 trabalham para a Shenzhen Airlines, à qual pertence à Henan Airlines. Um funcionário da Shenzhen que atendeu o telefone na sede da companhia hoje disse desconhecer o assunto.
Agência Estado
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