O ex-comandante da base aérea mais importante do Canadá declarou-se culpado nesta segunda-feira de 86 crimes, incluindo dois assassinatos, dois estupros e roubos a casas de dezenas de mulheres.
O coronel Russell Williams, que pilotou uma vez o avião que levava o primeiro-ministro do Canadá e também outras personalidades, como a família real britânica durante uma visita ao país, aceitou as acusações do tribunal de Belleville, Ontario, sem demonstrar nenhuma emoção.
Williams, de 47 anos, comandava a base aérea mais importante do exército canadense, a de Trenton, em Ontario, 175 km a leste de Toronto.
O coronel foi preso em fevereiro pelo desaparecimento e morte de Jessica Lloyd, de 27 anos, no final de janeiro em Ontario, onde vivia.
Williams declarou-se culpado por este crime e pelo assassinato da cabo Marie-France Comeau, de 38 anos, sua subordinada, encontrada morta em casa na mesma região em novembro de 2009.
O coronel aceitou as acusações de ter entrado sem permissão nas casas de outras duas mulheres, das quais abusou sexualmente.
Também confirmou as acusações de roubos a casas de 82 mulheres.
A polícia encontrou na residência do coronel roupas íntimas de suas vítimas. Caso seja declarado culpado de assassinato com premeditação, o ex-comandante será condenado à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
Williams tentou se suicidar na prisão em abril, iniciando logo depois uma greve de fome.
Antes de ser nomeado chefe do esquadrão 437 de Trenton, há dois anos, o coronel Williams havia sido comandante de uma base canadense secreta no Oriente Médio utilizada para operações no Afeganistão.
g1
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