O Procon de São Paulo irá autuar a companhia aérea TAM pela cobrança do serviço assento conforto que, mediante cobrança de valor adicional ao da passagem, permite ao passageiro sentar na primeira fileira do avião ou nas proximidades das saídas de emergência, onde os assentos são mais espaçosos.
A entidade de defesa do consumidor lavrou ontem um auto de infração, e encaminhou notificação à empresa aérea, que poderá receber uma multa entre R$ 400 e R$ 6 milhões. A TAM poderá recorrer da decisão.
"A TAM se aproveita desse espaço maior entre a primeira fileira e as próximas à saída de emergência, que existem em todos os aviões praticamente, para arrecadar valor maior de tarifa de assento conforto", afirma o assistente de direção do Procon, Marcio Marcucci.
A empresa assinalou, por meio de nota, que ainda não tem conhecimento da autuação. "A TAM cumpre todas as normas vigentes no País e configura internamente suas aeronaves de acordo com os padrões internacionais das empresas que prezam pela qualidade de serviço."
Para a diretora do Procon de Santo André, Ana Paula Satcheki, a política das empresas de aviação no País precisa ser transparente. "Cobrar por um serviço que não tem diferencial é desrespeitar o consumidor. O conforto está muito distante daquele que o passageiro tem na primeira classe ou executiva nos voos internacionais."
INSPIRAÇÃO
Pegando carona nas companhias de baixo custo norte-americanas e europeias, as aéreas brasileiras estão cada vez mais cobrando por serviços que antes eram básicos, como poltronas minimamente espaçosas, serviço de bordo ou marcação antecipada de assentos. TAM, Gol, Webjet e Azul já oferecem os 'extras'' ao passageiro.
A Webjet, que passou a cobrar por serviço de bordo oferecido além do padrão, assim como faz a Gol, inovou na cobrança de marcação antecipada de assentos.
Para escolher no ato da compra onde quer sentar na Webjet, gasta-se R$ 5 (poltronas comuns) ou R$ 10 (assentos conforto). Quem não quiser, fica sujeito à marcação aleatória na hora do check-in. (com AE)
VOAPOA
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