A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) alterou normas para a revisão do jato 190 da Embraer depois que testes no modelo encontraram trincas em componentes estruturais.
O jato, um dos mais vendidos pela terceira maior fabricante de aviões do mundo, é usado atualmente por companhias aéreas como Azul e Trip, e a Anac recomendou aos operadores do modelo redução no intervalo de manutenção do avião após testes de fadiga.
Procurada, a fabricante do avião afirmou que "a ação da Anac é uma formalização daquilo que a Embraer informou que irá implementar no plano de manutenção preventiva dos aviões. Não tem impacto algum nas operações (do avião)."
Segundo a Embraer, os aviões da companhia são testados em laboratório como forma de prevenção de problemas que podem ou não surgir durante a operação.
A diretriz da Anac acabou sendo resultado de um desses exames realizados pela companhia, que tem de comunicar à autarquia como forma de garantir que os operadores executem as tarefas de revisão recomendadas.
No documento "Diretriz de Aeronavegabilidade, número 2011-05-04", publicado no site da agência, a Anac afirma que "falha em inspecionar estes componentes estruturais (...) pode impedir a detecção, a tempo, das trincas por fadiga. Estas trincas, se não endereçadas de maneira apropriada, podem afetar adversamente a integridade estrutural do avião".
Segundo a Anac, a diretriz não tem caráter emergencial. "É mais uma cautela, as companhias vão ter de diminuir o intervalo da manutenção", afirmou a assessoria de imprensa da agência.
Azul e Trip não puderam comentar o assunto de imediato.
A Anac determinou prazo de 90 dias a partir de 16 de junho para a inclusão das novas tarefas de inspeção.
Às 12h05, as ações da Embraer exibiam queda de 0,54 por cento, cotadas a 12,90 reais. No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,28 por cento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário