Partilha de ganhos com tripulantes condicionada pelo Orçamento

TAP e tripulantes acordaram partilhar os ganhos da retirada de um tripulante de cada avião.

A divisão em partes iguais dos ganhos obtidos com a retirada de um elemento de todas as tripulações da TAP - avaliada por Fernando Pinto em 14 milhões de euros - está condicionada às orientações para o Sector Empresarial do Estado (SEE) que obriga as empresas a cortar 15% dos custos operacionais. Uma limitação que pode significar que os tripulantes só irão conseguir pôr em prática cinco dos seis pontos do memorando de entendimento assinado com a transportadora aérea.

A repartição dos ganhos prevista fica "sujeita às limitações existentes e decorrentes das orientações governamentais em vigor para o SEE", reconheceu Ricardo Andrade, da direcção do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) em declarações ao jornal "i". E Fernando Pinto, presidente da TAP, já confirmara que a medida, que entrou em vigor a 1 de Junho, representava "10% das obrigações que [a TAP assumiu] com o Estado". A empresa propõe-se cortar 145 milhões de euros, já que foi autorizada pela tutela a retirar dos custos operacionais a factura com combustíveis e ‘leasing' de aviões, com os quais os cortes deveriam atingir 320 milhões.
sapopt