No primeiro ano de operação em Portugal, a Emirates transportou mais de 170 mil passageiros de Lisboa para a Ásia e África, destinos tradicionalmente servidos pela TAP e pela Lufthansa.
E se a companhia portuguesa não foi afetada - o desvio e a escala nos voos da Emirates para África são demasiado grandes para compensar os 100 ou 200 euros a menos no preço do bilhete -, o mesmo não acontece com a Lufthansa, para quem a Ásia é um dos principais mercados.
De tal forma que a companhia alemã está a ponderar, segundo confirmou à Cata - Center for Aviation, criar uma low cost para atacar o mercado asiático, onde tem 20 rotas diretas, e cumprir os objetivos de crescimento nesta região. Para já, lançou uma campanha de publicidade para recuperar clientes.
A oferta da Emirates passa por voos de longo-curso a preços que pouco diferem dos oferecidos pela concorrente alemã, mas a oferta personalizada está a dar resultados - nem a pausa no Dubai, obrigatória para quem voa para outros destinos, está a retrair quem embarca em Lisboa (na Lufthansa a espera máxima em escala é de 45 minutos).
Quando se fala de passageiros, carga, logística e manutenção, “a Lufthansa é líder em serviços para a Europa e a Ásia”, disse ao Dinheiro Vivo fonte oficial da empresa. Ainda assim, admite, “estamos a lidar com a competição crescente das low-cost europeias e das transportadoras de regiões e governos que sabem muito bem como posicionar e suportar as suas companhias”, de forma a potenciar “o próprio desenvolvimento económico”, sublinhou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário