Cerca de sete mil funcionários aderiram à paralisação, segundo sindicato.
Categoria decidiu iniciar greve após assembleia nesta quinta-feira (31).
Trabalhadores da Embraer aderiram à paralisação de 24 horas nesta quinta-feira.
O sindicato informou que a paralisação foi iniciada devido a recusa da empresa em negociar o reajuste salarial. De acordo com a categoria, os trabalhadores não aceitam a proposta de 6,7%, que representa a reposição da inflação. Os trabalhadores pedem 10% de aumento real sobre os salários e redução da jornada de trabalho para 40 horas. Atualmente, os funcionários da Embraer trabalham 43 horas semanais.
“É a maior fabricante de aviões do mundo, tem previsão de lucro de R$ 600 milhões para esse ano, é a maior empresa do estado de São Paulo, a Fiesp fechou todos acordos com um mínimo de 8% e a Embraer quer sustentar 6% (de reajuste), que é a inflação. Isso é inaceitável e levou os trabalhadores a cruzarem os braços e entrar em greve no dia de hoje", afirmou o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros ‘Macapá’.
Essa não é a primeira vez que trabalhadores da empresa iniciam uma paralisação. No dia 8 de outubro, um ato paralisou a produção da Embraer por 4h também em reivindicação por reajuste salarial. A Embraer foi procurada no início desta manhã, mas até a publicação desta reportagem não havia se posicionado sobre o assunto.
Outro lado
Por meio de nota, a Embraer informou que está negociando a data-base com a Fiesp e que irá guardar os desdobramentos da mobilização para eventualmente voltar a se posicionar.
A empresa informou ainda que antecipou no último dia 30 de setembro, por mera liberalidade, o reajuste salarial de 6,07%, que corresponde ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor do período. A posição da empresa é de que, ao ser fechado um acordo entre a FIESP e o Sindicato, eventuais diferenças serão complementadas.
'O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, mais uma vez, bloqueou o acesso dos funcionários da Embraer à empresa, impedindo a entrada de parte dos trabalhadores para início do expediente. Cerca de 50% dos funcionários do primeiro turno conseguiram ter acesso aos seus postos de trabalho. O bloqueio continuou até a entrada do turno administrativo, às 7h30, quando, em uma assembléia realizada em frente à empresa, foi aprovada uma greve de 24 horas', informou trecho da nota.
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