Auditores da Oaci (Organização da Aviação Civil Internacional) visitaram o Aeroporto Internacional de Brasília/Juscelino Kubistchek (DF) e elogiaram as instalações da seção contra-incêndio, os procedimentos e testes práticos para acionamento do corpo de bombeiros e da torre de controle. Também foram averiguadas pistas, pátios, taxi-ways e demais áreas.
A vistoria foi realizada dentro do Usoap (Programa Universal de Auditorias da Vigilância da Segurança Operacional), da Oaci. O Brasil é membro dessa organização e o Aeroporto de Brasília está inserido no processo de certificação operacional de aeroportos pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). tendo recebido o Certificado Operacional provisório em 2008. Os aeroportos de Brasília e de Curitiba foram escolhidos pela Oaci para a avaliação, mas os certificados operacionais também foram concedidos pela Anac aos aeroportos do Rio de Janeiro (Galeão), Manaus (Eduardo Gomes), São Paulo (Guarulhos), Brasília (JK), Recife (Guararapes), Belém (Val de Cans) e Porto Alegre (Salgado Filho).
Em Brasília, o superintendente do aeroporto, Abibe Ferreira Junior, acompanhou a análise e está otimista com os possíveis resultados. “O Brasil não possui nenhum aeroporto certificado, pela Oaci, até hoje. Se formos aprovados, será um marco de qualidade para o sistema brasileiro”, diz.
O certificado operacional atesta que o aeroporto está de acordo com a legislação brasileira e dentro dos padrões de operacionalidade e segurança operacional. Abibe Ferreira explica que a partir do momento em que um aeroporto recebe esse certificado a responsabilidade aumenta: “a vigilância é maior porque se o aeroporto perde o certificado ele perde também os voos internacionais”. Por outro lado, a manutenção do certificado propicia o aumento de voos, atrai investimentos, diminui custos com seguradoras e aumenta a segurança e o conforto para os passageiros.
A vistoria durou um dia (12/5), mas a preparação do aeroporto ocorre há dois anos. O primeiro processo de inspeção foi em 2007. Um passo importante neste trabalho foi a criação da Gerência de Segurança Operacional, ligada diretamente à superintendência, que se encarregou de acompanhar as adequações necessárias. Além disso, a empresa investiu pesado em treinamento de funcionários e na alteração de procedimentos. E não é para menos. Uma avaliação positiva coloca o Brasil em posição privilegiada no contexto da aviação civil internacional.
A visita foi acompanhada também por representantes da Anac e pelo diretor de Operações, João Márcio Jordão, e pelo superintendente de Gestão Operacional da Infraero, Marçal Goulart. “Naquilo que compete à Infraero, o Aeroporto Internacional de Brasília comprovou que está cumprindo o previsto na legislação", conclui Abibe Ferreira.
Fonte: Revista Aviação
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