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segunda-feira, 15 de junho de 2009

Um destroço gigante


Maior destroço do Airbus A330 chega a Recife com outros itens que vão ajudar nas investigações

- Seis corpos que não estavam em lista oficial da Marinha são levados para Fernando de Noronha

Mais peças que vão esclarecer o que levou o Airbus A330 a mergulhar no Oceano Pacífico já estão em Recife. Ontem, a Fragata Constituição, da Marinha do Brasil, atracou no porto da capital pernambucana trazendo a bordo dezenas de destroços, bagagens e a maior peça encontrada até agora.

A partir disso, investigadores franceses, acompanhados por peritos da Aeronáutica, vão começar a analisar os destroços. O pedaço da cauda ficará guardado no Porto do Recife. Ainda não há data para ser transportado à França, onde as investigações estão concentradas.

A operação para retirar da fragata a peça de 14 metros de altura e 4,5 metros de largura levou cerca de uma hora. A Aeronáutica não informa oficialmente de qual parte da aeronave é o pedaço encontrado, mas oficiais admitem que se trata da cauda do avião.

A fragata, a primeira a resgatar corpos de vítimas, passou antes por Fernando de Noronha, onde deixou mais três corpos que serão pré-identificados pela Polícia Federal e por peritos do Instituto Médico Legal (IML) do Recife.

Outros seis corpos resgatados pela Marinha francesa já estão sendo transferidos para a Fragata Bosísio, da Marinha do Brasil. A fragata deixou a área de buscas na noite de ontem e chegará a Fernando de Noronha amanhã.

Até agora, a Marinha e a Aeronáutica informaram que foram resgatados 49 corpos (incluindo os seis encontrados pela Marinha francesa). Em nota, os comandos das duas forças comunicaram que o número total de corpos já transportados para o Recife é de 43 e não 44, como havia sido informado. O número foi alterado depois da pré-identificação realizada por peritos da Polícia Federal e do governo de Pernambuco.

Os comandos também informaram que “em decorrência da impossibilidade de se verificar apenas por contato visual o estado dos corpos, o comando operacional de buscas passa a utilizar o termo ‘despojo mortal’ e não mais ‘corpo’ para contabilizar o que for encontrado no oceano”.

O diretor do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, brigadeiro Ramon Borges Cardoso, não estipulou uma data para o fim das buscas. As buscas levam 20 dias, em geral, mas o prazo será avaliado. “Se continuarmos achando corpos, obviamente essa busca será estendida”, disse.
Fonte: A Notícia

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