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A declaração foi recebida com reserva entre os militares, que preferiram não entrar em rota de colisão com o presidente. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o brigadeiro Dirceu Noro, presidente da comissão técnica que faz a avaliação dos caças que competem para equipar a FAB, disse que a Aeronáutica indicaria um "vitorioso". Em sintonia com Lula e dentro da estratégia de enquadramento dos militares, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, declarou: "A Aeronáutica não tem autonomia para decidir."
A afirmação de Jobim, repassada aos brigadeiros, é de que, mesmo que no ranking das aeronaves selecionadas o caça francês Rafale não esteja em primeiro lugar, isso não impedirá a sua escolha. "A decisão sobre o que será comprado pelo país é política, dentro dos interesses estratégicos. É do presidente."
Até o final do mês, a FAB deve apresentar o relatório final e entregar um ranking com o primeiro, segundo e terceiro lugar entre Rafale, F-18, da Boeing, e o Gripen, fabricado pela sueca Saab.
Ontem, o Ministério da Defesa estabeleceu o dia 21 como limite para as empresas apresentarem novas propostas.
Estadão
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