Famílias alemãs e chinesas que perderam seus parentes no acidente do voo 447 da Air France, que ia do Rio de Janeiro a Paris, abrirão processos contra a companhia aérea Air France, contra a construtora Airbus e contra as autoridades francesas de aviação civil, por negligência, informaram seus advogados nesta sexta-feira.
Os advogados das famílias residentes na Alemanha representam os parentes de 26 alemães e oito chineses, que estão entre as 228 pessoas que morreram a bordo do Airbus A330 que caiu no dia 1º de junho no Oceano Atlântico.
Os advogados alegam que o acidente era "previsível", já que problemas recorrentes com os sensores de velocidade das aeronaves são descritos desde 1998, mas "nem a Airbus, nem a Air France investigaram o problema a fundo".
Em 2006, a Airbus chegou a sugerir a necessidade de instalação de um sistema de apoio para entrar em ação caso o sistema principal falhasse, mas as autoridades de aviação civil da França nunca tornaram a medida obrigatória, afirmam os advogados.
Ainda de acordo com o grupo de defensores, uma associação de parentes das vítimas será formalizada nesta sexta-feira em Berlim.
Elmar Giemulla, um dos representantes legais das famílias, disse à AFP que as acusações de negligência serão apresentadas em janeiro de 2010.
Além disso, explicou, as famílias chinesas entrarão com as ações judiciais a partir da Alemanha porque nenhuma associação de parentes das vítimas foi organizada na China.
Grupos semelhantes já haviam sido montados nos Estados Unidos, no Brasil e na França.
AFP
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