A fabricante americana de aviões Boeing está oferecendo à indústria brasileira uma parceria mundial na fabricação de jatos de combate.
Trata-se do projeto Global Super Hornet, que vai criar um novo caça ao partir do modelo já existente, o F/A-18 Super Hornet.
Esse modelo é um dos participantes do programa FX-2, a bilionária concorrência aberta - e atualmente na reta final de definição - para a compra de 36 unidades para reequipar os esquadrões da Força Aérea Brasileira (FAB).
O novo avião será um projeto colaborativo internacional, onde os países participantes vão oferecer seus sistemas nativos para serem incorporadas ao aparelho.
"Nós achamos que o Super Hornet é o melhor avião aeronaval do mundo. Queremos crescer a partir desse legado, com as melhores tecnologias de cada país participante do processo", afirma o diretor internacional de desenvolvimento de negócios da Boeing, Michael Coggins.
A idéia da Boeing é procurar por parceiros do projeto ao longo do 2010 e iniciar o desenvolvimento de engenharia por volta de 2011. O objetivo é ter um modelo operacional por volta de 2020 - coincidentemente, a data em que a FAB deverá iniciar a compra de um segundo lote de caças.
Estratégia
Aliás, a proposta é a mais nova arma usada pela Boeing para superar suas concorrentes - a francesa Dassault e a sueca Gripen - na venda dos caças para a FAB.
Isso porque a participação das empresas nacionais no projeto está condicionada à vitória da companhia americana na licitação, conforme admite Coggins.
"A participação nacional no desenvolvimento do Global Super Hornet é totalmente dependente do resultado do FX-2", admite ele. No entanto, ele completa: "o projeto global seguirá qualquer que seja o resultado, mas o Brasil tem a chance de liderar o caminho".
A proposta também pode ser entendida como mais uma tentativa de afastar os temores de que os EUA não estariam dispostos a repartir a tecnologia do caça com o Brasil, caso vençam a concorrência.
Coggins reforça que já tem toda a autorização necessária do Congresso para concluir o acordo. "Se o negócio fosse fechado hoje, amanhã já poderíamos compartilhar todos os sistemas. Eu garanto", finaliza.
Segundo ele, essa autorização se estende aos sensores considerados mais sensíveis do pacote, como radares de longo alcance, turbinas, mísseis de longo alcance e bombas guiadas a laser.
Brasil econômico
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