O processo de compra de caças para a Força Aérea Brasileira (FAB) deve se estender até o fim do próximo ano, afirmou na segunda-feira o ministro da Defesa, Nelson Jobim.
Segundo ele, a contratação dos 36 caças para renovar a frota da FAB incluirá a presidente eleita, Dilma Rousseff, que vai ajudar na escolha do modelo a ser contratado.
"Se houver uma decisão agora no fim do ano, é um processo que seguramente vai levar até outubro, novembro do ano que vem", disse Jobim a jornalistas após participar da 7a conferência de segurança internacional no Forte de Copacabana.
No ano passado, o Brasil abriu licitação para a compra de 36 aviões de combate num acordo que pode superar os 4 bilhões de dólares. Fazem parte da concorrência o caça francês Rafale, da Dassault, o sueco Gripen NG, da Saab, e o F-18, fabricado pela Boeing.
Em setembro, Jobim disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliaria a aquisição dos caças após as eleições.
"O que pode acontecer, eventualmente, é que os presidentes Lula e Dilma decidam por uma solução, mas na hora de sentar e discutir os itens, encontrem problemas. Isso é um processo", declarou Jobim, ao lembrar que as discussões para a compra de submarinos da França levou cerca de um ano.
Jobim afirmou que, mais do que a compra, a licitação representa para o Brasil um aprendizado de como fazer caças no país.
"É uma questão de saber quem está disposto a transferir tecnologia ao Brasil e capacitar o Brasil na negociação. Se não houver disposição de capacitação nacional, não há conversa", finalizou o ministro da Defesa.
Ele não confirmou se fará parte do governo de Dilma.
estadão
Nenhum comentário:
Postar um comentário