Mary McAleese, chefe de Estado da Irlanda, deu exemplo: recusou voar no seu jacto privado e cumpriu uma viagem oficial a bordo da companhia aérea económica Ryanair.
Mary McAleese, presidente da Irlanda |
Podia ter voado num jacto privado do Governo, mas, consciente da difícil situação económica do seu país, a presidente da Irlanda, Mary McAleese, optou por fazer uma viagem oficial em classe económica, com a Ryanair.
Segundo o "Mail online", muitos ministros do Governo irlandês terão corado de vergonha com esta atitude. É que, apesar de a Irlanda ter chegado ao ponto de necessitar da intervenção do Fundo Monetário Internacional na sua economia interna, muitos continuam a não dispensar as viagens de limusine com motorista, nem voos em aviões a jacto privados.
Pelo contrário, a presidente irlandesa já assumiu publicamente que o plano de austeridade não se dirige apenas aos cidadãos, mas sim a todos os irlandeses, incluindo, a presidenta do país.
O mesmo jornal avança que, ao escolher a opção económica para cumprir os seus compromissos presidenciais, Mary McAleese gastou 459,90 euros, valor que já inclui as despesas da sua comitiva - o marido, Martin McAleese, e dois conselheiros - numa viagem de ida e volta, entre Dublin e Cork, marcada com uma semana de antecedência.
Caso tivesse viajado no avião a jacto presidencial, os contribuintes irlandeses pagariam uma factura de cerca de 5 mil euros, ainda segundo o "Mail Online".
Mas, apesar da iniciativa, Mary McAleese não teve a verdadeira experiência de viagem numa companhia aérea "low-cost". Não precisou de esperar em filas, nem de ver fiscalizado o peso da sua bagagem. Entrou pela porta da frente do avião e não pela porta de trás, como os demais passageiros. Também não chegou ao aeroporto em transportes públicos: antes na limunise oficial.
O porta-voz oficial da chefe de Estado diz que não haverá comentários acerca das viagens económicas da presidência, que, alegadamente, já não serão novidade na vida pessoal e profissional de Mary McAleese.
O mesmo já fez a rainha Sofia de Espanha, no voo para Londres, que, no ano passado causou inúmeras reacções. O bilhete custou 15 euros à Casa Real.
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