Os aeroviários (pessoal que trabalha em terra) e aeronautas (pilotos, comissários) das companhias aéreas brasileiras rejeitaram nesta quarta-feira, em assembleias realizadas pelos sindicatos das categorias em várias capitais do país, a proposta do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) de reajuste de 4,5% sobre os salários. Trabalhadores e representantes de sindicatos das categorias votaram a favor do indicativo de greve nos dias 23 e 24 de dezembro, véspera do Natal, e pela manutenção da proposta de 10% de aumento.
Nesta quinta-feira, os sindicatos fazem ato público no aeroporto de Congonhas, a partir das 9h. O objetivo é chamar a atenção dos passageiros e mobilizar trabalhadores para a greve que, caso aconteça, comprometerá o fluxo de passageiros em um dos períodos mais movimentados do ano.
Em nota divulgada à imprensa pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil/CUT (Fentac), os sindicalistas informaram que não têm o objetivo de impedir as operações do aeroporto, mas admitiram que o protesto pode gerar atrasos e complicações no embarque dos voos. Por isso, sugeriram que os voos fossem transferidos para o período da tarde ou que os passageiros chegassem antes do ato.
Logo após a manifestação em Congonhas, os sindicalistas seguirão para audiência no Ministério Público do Trabalho em São Paulo.
A última reunião de negociação entre sindicatos de trabalhadores e a entidade patronal aconteceu no dia 2 de dezembro. Na ocasião, de acordo com os sindicatos dos trabalhadores, o Snea havia encerrado as negociações, informando que a proposta final das empresas era 4,5% de reajuste. O sindicato patronal, porém, diz estar aguardando o fim das assembléias de trabalhadores para retomar a negociação, que segundo o Snea, estão indo bem.
O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário