Entusiastas de programas de milhagem inventam tudo quanto é tipo de estratégia para acumular milhas, mas poucas têm sido tão fáceis e rápidas quanto transformar moedas em milhas.
O objetivo era nobre: promover a circulação de moedas, que chegam a durar até 30 anos, em detrimento de células de dinheiro em papel, que não superam 21 meses.
Para tanto, o US Mint, órgão do governo norte-americano equivalente à Casa da Moeda, lançou promoção para que os americanos pudessem comprar moedas de 1 dólar, a valor de face, via Internet, com cartão de crédito e sem custos de entrega.
Bingo: os viciados em milhas sacaram na hora uma forma de transformar esta legítima transação em uma verdadeira máquina de imprimir milhas .
Compradores compravam moedas, vendidas em caixas com 250, em cartões de crédito que oferecem recompensas de milhas, e então levavam a carga de moedas diretamente para o banco para serem depositadas, pagando em seguida as faturas. Muitas não eram sequer retiradas da proteção em papelão.
Seu único custo: a viagem de carro até o Banco. Bem, os gastos com combustível e o risco de roubo eram MUITÍSSIMO bem recompensados com o acúmulo de milhas, que podiam ser usadas para resgatar passagens-prêmio, estadias em hotéis e todo tipo de regalia para quem gosta de viajar.
Um consultor depositou US$ 15.000, outro aposentado ordenou US$ 10.000 e o campeão de acúmulo chegou a depositar US$ 800.000, em doses homeopáticas de US$ 70.000 cada. Com este montante, ele ganhou status elite para toda a vida, disponibilidade antecipada de upgrades de classe econômica para executiva e outras regalias na American Airlines.
As dicas sobre o uso do programa se alastraram na comunidade FlyerTalk (http://www.flyertalk.com/), site no qual se concentram viciados em acúmulo de milhas. Um usuário informa ter resgatado uma passagem com estadia gratuita por 2 semanas no Taiti com a esposa no final de Outubro.
A Casa da Moeda norte americana informou que o programa começou em Junho de 2008, e cerca deUS$ 130 milhões teriam sido vendidos para mais de 40.000 compradores, em sua maioria colecionadores, bancos comunitários e pequenos negócios como máquinas de café expresso e lavagem de automóveis. Em geral, cada entrega custa cerca de US$ 3 para a Casa da Moeda, e, segundo um representante, nenhuma despesa em particular sobre a transação era cobrada pelas operadoras de cartão.
Duvido … alguém está pagando a conta de todas as passagens, estadias e reservas de carros que, de resto, não são gratuitas! E pode estar certo que não serão as operadoras de cartão, as companhias aéreas ou os usuários espertos.
Alguém aí falou no contribuinte americano !? De uma forma ou de outra, o esquema das moedas comprova que, de tempos em tempos, surgem oportunidades de ouro para quem é diligente juntar milhas a custos ínfimos.
E eu que pensava que eu era o único nerd que gostava de acumular milhagensFabpovoa's
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