Joseph Lepore negou que tivesse desligado o Transponder, aparelho que evita colisões, e alegou provável defeito no avião.
Os pilotos do Legacy prestam depoimento de Nova York, por videoconferência: a culpa é do aparelho (Fabio Rodrigues Pozzebom/Abr)
Em depoimento de mais de três horas, prestado hoje em Nova York (EUA) por videoconferência, o piloto norte-americano Joseph Lepore negou que o transponder e o equipamento anticolisão do jato Legacy tenham sido desligados antes da colisão com o Boeing da Gol, que matou 154 pessoas em 2006. Ele supôs que os aparelhos estivessem com defeito e que podem ter voltado a funcionar em decorrência do impacto, quando seus sinais voltaram a ser emitidos.
No dia anterior, o comandante do voo, Jan Paladino, afirmara que nunca tinha pilotado um jato Legacy, mas garantiu que tinha experiência com aeronaves semelhantes. Os dois negaram responsabilidade sobre o acidente. Lepore afirmou que ele e o colega fizeram 20 tentativas de contato com a torre de controle aérea de Brasília na frequência indicada no plano de voo, mas não foram atendidos. As declarações apresentaram inconsistências e o Ministério Público decidiu manter a acusação de negligência operacional e atentado contra a segurança do tráfego aéreo.
O juiz Murilo Mendes, da comarca de Sinop, que abrange o local onde o avião caiu, no norte do Mato Grosso, abrirá agora prazo para as alegações finais da acusação e defesa e, a seguir, profere a sentença. Caso condenados, os pilotos podem pegar de dois a cinco anos de reclusão, mesma pena prevista para dois controladores de voo de Brasília, que estavam de serviço na hora do acidente. A sentença, segundo ele, pode sair até o final de abril.
VEJA(Com Agência Estado)
Nenhum comentário:
Postar um comentário