Carros de luxo perdem mercado para aviões Você trocaria a comodidade de uma van de luxo por uma viagem de avião mais rápida e menos confortável? Os números indicam que a resposta dos brasileiros tem sido "sim". O segmento das vans grandes -e boas para viajar-encolheu 56% nos últimos três anos. Em 2010, apenas 1.184 foram emplacadas.
No mesmo período, a venda de bilhetes aéreos cresceu 48% -a TAM diz que 30% dos seus clientes viajam a lazer.
Para Edmar Bull, presidente da Abav (associação dos agentes de viagem), a falta de estrutura das estradas, como hotéis e postos, desestimula o turista a viajar por rodovias. asfalto ruim
Outro entrave é o alto custo gerado pelo asfalto ruim e pelo excesso de praças de pedágio -em julho, as tarifas subiram até 12% no Estado.
Talvez tudo isso contribua para o extermínio das vans de luxo, representadas hoje apenas pela Chrysler Town & Country e pela Kia Carnival.
"Tão extensos e interessantes como o Brasil, os EUA e a Europa sabem explorar melhor o turismo rodoviário, por isso lá ele tem tantos adeptos", compara Bull.
São inegáveis os prazeres propiciados por modelos amplos e confortáveis como a van da Chrysler.
HOME THEATER
"Tio, esse é o carro mais legal em que já viajei", diz Luís Felipe Schiesari, 8, acomodado na terceira fileira de bancos e anestesiado pelas telas do "home theater" que, naquele momento, reproduziam imagens de um videogame.
Outra costumeiramente inquieta, a vovó segue satisfeita numa das duas poltronas reclináveis centrais, mas distraída com outros botões: os que aquecem os bancos de couro e os que regulam o ar-condicionado de três zonas.
É com esse nível de conforto que vão até sete ocupantes na Town & Country, que retorna ao mercado após quase um ano de ausência.
A pausa fez bem à van de luxo da Chrysler, que evoluiu bastante nesta versão 2011.
Na aparência, ganhou cromados. Mas a novidade está sob o capô e atende pelo nome de Pentastar - o novo e disposto motor V6 da marca americana. A potência subiu para 283 cv. Mas a van não é mais rápida que um avião, e não há buracos no céu.
jornal floripa
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