O Cirque du Soleil começou a levantar a sua tenda, no Recife, na manhã desta quinta-feira (22), no mesmo terreno onde caiu o bimotor LET-410 da Noar, em 13 de julho de 2011. Na ocasião, 16 pessoas morreram, quatro minutos depois que a aeronave decolou do Aeroporto dos Guararapes. A temporada do circo canadense com o espetáculo Varekai começa no dia 30 de março e a última apresentação será no dia 22 de abril.
A primeira tenda do circo está sendo içada desde a manhã desta quinta, mas os preparativos no terreno próximo ao Hospital da Aeronáutica do Recife começaram desde o final de fevereiro. A área onde a estrutura do Cirque du Solei será montada é um terreno com 300m de frente para a praia e 130m de fundo. Ele foi terraplanado e depois foi asfaltado, antes de receber o primeiro contêiner. Até mesmo a área que possivelmente será utilizada para estacionamento foi terraplanada e parcialmente pavimentada.
As primeiras tendas já foram erguidas
O voo 4896 fazia a rota Recife (PE) Mossoró (RN), com escala em Natal (RN) na manhã do dia 13 de julho. De acordo com análise dos militares do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes (Cenipa) da Aeronáutica, os primeiros problemas na aeronave foram relatados pelos pilotos assim que iniciaram decolaram. Poucos minutos depois, o piloto informou a torre de controle que retornaria ao aeroporto e, em seguida, disse que não conseguiria retornar e teria de fazer um pouso de emergência na praia.
O terreno onde o avião caiu é o único clarão sem um edifício com oito andares ou mais na barreira de prédios que é a beira-mar no Recife e em Jaboatão dos Guararapes. O terreno fica praticamente no limite legal dos dois municípios.
Em sua última passagem pelo Recife, em 2009, o Cirque du Soleil se instalou no Parque Memorial Arcoverde, entre o conjunto de avenidas que liga o Recife a Olinda, na zona Norte da Região Metropolitana. Na época, foi necessário assinar um termo de ajustamento de conduta, para que a produção do circo se comprometesse a plantar três mudas de cada uma das doze árvores derrubadas e fizesse uma obra de requalificação do parque.
A área é próxima ao sítio histórico de Olinda e integrava o entorno protegido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Várias mudas de árvores nativas foram plantadas, mas o parque perdeu quadras e não foi requalificado. A produção do circo, na época, alegou ter transferido recursos para a empresa de turismo, que não acusou o recebimento.
TERRA
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