André Textor é piloto de avião agrícola há quase 10 anos e não esconde a satisfação com a profissão que escolheu. “O vôo agrícola específico não é massante como o voo comercial. Cada voo é diferente do outro”, conta.
Gratificante e rentável. O valor médio cobrado pelas empresas de aviação agrícola por cada hectare pulverizado é de R$ 20, o piloto fica com 18% do total.
Durante seis meses, eles não têm parada, no final da safra o rendimento pode variar de R$ 120 a R$ 250 mil. “A gente trabalha muito por seis meses e a remuneração é boa, o equivalente aos outros seis meses que ficamos parados”.
No Centro-Oeste, a profissão anda bastante valorizada porque é cada vez maior a procura por esse tipo de serviço.
A pulverização aérea tem uma série de vantagens sobre a convencional em grandes plantações. Enquanto um avião consegue fazer a aplicação em 90 hectares em uma hora, os tratores mais modernos fazem o mesmo serviço em apenas 25 hectares.
Além disso, as estatísticas mostram que os pneus dos tratores destroem 1,5% da lavoura em cada aplicação, prejuízo que é suficiente para pagar a pulverização aérea, conforme conta o agricultor Angelo Magoni.
O Brasil tem hoje a segunda maior frota de aviões agrícolas do mundo, são 1500 aeronaves, só fica atrás dos Estados Unidos com 10 mil, por isso, a demanda pela mão-de-obra é grande.
Para voar a três metros de altura do solo, o profissional precisa de muito treinamento. Enquanto um piloto de aviação comercial necessita de 150 horas para ser habilitado, esse precisa do dobro. Vai levar de 2,5 e três anos para estar habilitado.
GLOBO RURAL
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