A Airbus desistiu de fazer um voo de exibição de seu mais importante avião militar na feira aérea de Farnborough na semana que vem, após o Senado francês ter se mostrado preocupado nesta quinta-feira com problemas no motor e falhas no avião de tranporte militar A400M.
Confirmando uma matéria exclusiva da "Reuters", a unidade da EADS disse que abandonou o plano de voo com o A400M pelo segundo ano seguido por causa de problemas no motor.
O A400M é um avião militar fabricado pela Airbus, lançado em 2003. Na foto, cinco aeronaves antes da decolagem em Tolouse, na França
O A400M é um avião militar fabricado pela Airbus, lançado em 2003
Um painel do Senado da França disse que os motores do grande turboélice deveriam ser mantidos sobre vigilância, após estudar os atrasos no maior projeto de equipamento militar da Europa.
O painel também apontou o risco de faltar financiamento para os serviços de suporte do cargueiro quando ele entrar em serviço no ano que vem, depois de quatro anos de atrasos.
"Não podemos ter uma situação em que as restrições de orçamento coloquem todo o programa em dúvida", disse o presidente da comissão de assuntos internacionais do Senado francês, Jean-Louis Carrère.
O A400M tem custo de desenvolvimento de € 20 bilhões (US$ 25 bilhões). O mercado-alvo inclui sete países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan): Inglaterra, Bélgica, França, Alemanha, Luxemburgo, Espanha e Turquia.
Ele está sendo desenvolvido para pôr fim à soberania na Europa do cargueiro C-130, da norte-americana Lockheed, e ao de maior porte C-17, da Boeing, que são a base das frotas aéreas de transporte da maioria dos exércitos de países-membros da Otan.
O cargueiro da Airbus vem sofrendo uma série de problemas nos motores, as maiores élices já produzidas no Ocidente.
Falhas na caixa de câmbio do avião forçaram a Airbus a cancelar voos de exibição do A400M na Paris Air Show do ano passado. As duas maiores feiras mundiais de aviação ocorrem em anos alternados em Farnborough, na Inglaterra, e em Le Bourget, nas cercanias de Paris.
"A decisão de manter o avião em exibição estática é baseada apenas em questões relacionadas ao motor que ocorreram na semana passada e que exigem investigação adicional", disse a Airbus Military em comunicado.
(Com informações da Reuters)
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