MONTEVIDÉU (Reuters) - O governo uruguaio decidiu na quinta-feira
fechar a companhia aérea Pluna, que anunciou a suspensão de todos os
voos nesta sexta-feira diante dos sérios problemas financeiros que
enfrenta.
De acordo com comunicado da companhia, que tem uma
frota de 13 aviões Bombardier CRJ900 NextGen que conectam Montevidéu e
Punta del Este a cidades de Argentina, Brasil, Chile e Paraguai, todos
os voos serão suspensos nesta sexta-feira a partir das 12h (locais e de
Brasília).
Na véspera, a Reuters havia adiantado a informações citando uma fonte do governo uruguaio.
"Há um conjunto de variáveis que, segundo a diretoria
da companhia, a impedem de voar. Tem a ver com liquidez, com situações
financeiras e econômicas", disse na noite de quinta-feira o ministro dos
Transportes, Enrique Pintado.
O Estado uruguaio é o único administrador da Pluna
desde meados de junho, quando o fundo de investimento que detinha 75 por
cento da companhia abandonou sua participação após se negar a
capitalizá-la. Uma agência estatal controlava a fatia de 25 por cento
restante.
A decisão de fechar a companhia aérea ocorreu depois
que o governo não conseguiu encontrar novos investidores para substituir
o fundo de investimento Leadgate, que deixou a empresa, disse a fonte.
A Pluna registrou prejuízo de mais de 100 milhões de
dólares entre 2007 e 2012 por conta da queda de demanda de passagens,
consequência da desaceleração das economias da região, o alto preço de
combustível e problemas de tráfego aéreo.
O Conselho de Ministros do Uruguai deve elaborar na
segunda-feira um projeto de lei que contemple um chamado aos
interessados para criar uma nova companhia aérea com participação
estatal, uma proposta que conta com o aval do presidente do Uruguai,
José Mujica.
A Pluna ainda não definiu como irá ressarcir os
passageiros afetados pela suspensão dos voos. O sindicato dos
funcionários da companhia fez uma paralisação na quarta e quinta-feiras
em defesa dos empregos, o que obrigou o cancelamento de 60 voos.
UOL
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