Assentos com mais dois centímetros de largura? Sono perfeito no avião

O conforto é a prioridade dos passageiros quando têm de passar horas a fio dentro de um avião. Foi a pensar neles que a Airbus, a maior fabricante mundial de aviões comerciais, encomendou uma pesquisa à The London Sleep Centre - um centro de investigação mundial sobre o sono. Os resultados mostraram que basta aumentar uma polegada (2,54 centímetros) na largura dos assentos para os viajantes da classe económica dormirem melhor. A actual medida dos bancos na maioria das companhias é de 17 polegadas (43,18 centímetros) e a pesquisa sugere que a largura dos lugares deve subir para 18 polegadas (45,73 centímetros).

Ou seja, de acordo com o The London Sleep Centre, a qualidade de sono dos passageiros melhoraria em 53%. O estudo incluiu a monotorização de ondas cerebrais, movimento dos olhos, abdómen, tórax e pernas dos voluntários que participaram na experiência. Para esse efeito, o centro de investigação simulou um cenário em tudo idêntico ao de um avião: a luz do nascer e do pôr-do-sol no interior do aparelho e o som do avião ao levantar e ao aterrar. O ‘catering' e o entretenimento a bordo também não foram esquecidos.

"A diferença foi significativa. Os passageiros dos

assentos mais largos tiveram noites de sono mais profundas. Nos mais estreitos, os viajantes não tiveram um sono tranquilo. Quando se trata de voar longas distâncias na classe económica, uma polegada faz toda a diferença no conforto dos passageiros", disse Irshaad Ebrahim, cientista do The London Sleep Centre. A Airbus alerta que o transporte aéreo mudou nas últimas décadas e que, hoje em dia, há cada vez mais passageiros a voar para distâncias mais longas.

Por exemplo, nos últimos cinco anos, o número de voos com mais de 13 horas de duração aumentou 70%. E, nos próximos 15 anos, o tráfego de passageiros duplicará. "Se o sector da aviação não se posicionar agora, colocaremos em risco o conforto dos passageiros até 2045", diz Kevin Keniston, chefe de conforto de passageiros da Airbus, citado pela Reuters.

Este responsável salienta ainda a existência de um grupo crescente de passageiros cada vez mais exigentes na classe económica. Depois desta experiência, a guerra pelo conforto dos assentos fará parte do futuro de aviação.

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