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segunda-feira, 1 de junho de 2009

Dois terços dos aeroportos dão prejuízo


Dos 67 aeroportos administrados pela Infraero, 44 deram prejuízo no ano passado, de acordo com dados fornecidos pela estatal. Eles gastaram R$ 115 milhões a mais do que arrecadaram. Considerando todos os terminais, segundo a empresa, o saldo em 2008 ficou positivo em R$ 372 milhões.

Os três aeroportos de São Paulo (Cumbica, Viracopos e Congonhas) administrados pela estatal estão no topo dos que mais ganharam. Cumbica, em Guarulhos, lucrou R$ 340 milhões, e Viracopos, em Campinas, outros R$ 108 milhões. Grande parte dessa arrecadação vem da armazenagem de produtos transportados em voos cargueiros, que é hoje a maior fonte de receita da Infraero.

De olho nesses lucros, empresas nacionais e internacionais já procuraram a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para saber detalhes das futuras concessões. Entre elas, está a Fraport, grupo com sede na Alemanha e que administra aproximadamente 60 aeroportos em todo o mundo.
No Brasil, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e outras empreiteiras de grande porte também já demonstraram interesse nas concessões.

Resistência

Apesar de parecer irreversível a decisão do governo de conceder aeroportos, a Infraero resiste. O principal argumento é que, sem a receita de seus principais terminais, não há como sustentar os aeroportos deficitários. Seus críticos rebatem dizendo que a estatal não é capaz de manter o nível de investimento de que o setor necessita.

A empresa mantém o cronograma de investimentos. Para os próximos quatro anos, prevê gastar R$ 689 milhões no Galeão e R$ 905 milhões em Viracopos.

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