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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Gol espera aumenta de demanda a partir deste mês


A queda de 5,47% no movimento de passageiros nos voos domésticos em maio, em relação ao mesmo período de 2008, foi maior do que o esperado pela Gol, mas a companhia espera uma recuperação do mercado a partir de junho. A afirmação é do vice-presidente de Marketing e Serviços da companhia, Tarcísio Gargioni.

O resultado informado na última terça-feira pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) "foi um ponto fora da curva", avaliou o executivo. Gargioni citou a influência do mercado corporativo, que neste momento de crise tem procurado reduzir as viagens de negócios, responsáveis por mais de 60% do tráfego de passageiros nos aeroportos. Além disso, o fluxo de passageiros em maio, mês que costuma ser mais fraco para viagens de lazer, foi afetado pelas fortes chuvas no Nordeste, disse o executivo.

"Mas é importante notar que, no acumulado do ano, o tráfego aéreo doméstico subiu 2%", lembra. Em maio, a Gol e Varig juntas tiveram uma participação de mercado de 42,02%, abaixo dos 45,24% indicados em maio de 2008, mas superior aos 38,77% de abril.

Oferta x Demanda

Questionado se a taxa de ocupação das aéreas brasileiras - de 59,18% em maio, contra 70,26% em igual período do ano passado - reflete um excesso de oferta por parte da indústria, Gargioni disse esperar que no segundo semestre haja um equilíbrio entre oferta e demanda. "O ideal seria uma taxa de ocupação entre 65% e 70%. Estamos sempre buscando alcançar esse patamar", disse.

Conforme os dados divulgados na última terça-feira pela Anac, a taxa de ocupação da Gol/Varig saiu de 68,21% em maio de 2008 para 59,62% um ano depois. A oferta de assentos por quilômetro do grupo subiu 0,45% no mês, enquanto na indústria como um todo avançou 12,2%.

O executivo descartou que a Gol opte pela retirada de rotas para reduzir este descompasso. "Não há planos neste sentido, até porque o segundo semestre será bem mais aquecido", destacou. Hoje, a Gol trabalha com uma média de 800 voos por dia.

Gargioni observou, também, que os planos de renovação de frota precisam ser feitos em um horizonte de longo prazo, com antecedência entre cinco e dez anos. "A indústria foi surpreendida pela crise e queda na demanda, que criou um vale temporário, mas no segundo semestre esta relação se equilibrará."
Fonte: AE

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