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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Confusão pairando no ar

As contradições do Brasil não têm mesmo fim, ao que parece ou transparece a cada incidente que prenuncia uma tragédia, interrompida por exclusiva obra do acaso. Um dos maiores acidentes da história da aviação brasileira, provocado pela colisão em pleno voo de um Boeing da Gol e um Lear Jet americano em 2006, foi atribuído à precisão dos controles de vôo e, pelo que foi dito, teve a mesma probabilidade de dois projéteis atirados a quilômetros de distância se chocarem em sua trajetória.

Eis que o improvável se mostrou nem tão improvável assim e por muito pouco uma nova colisão no ar acabou em tragédia no dia 18 de junho de 2008, quase dois anos depois, período em que veio ao conhecimento público. A colisão, que por proteção Divina não aconteceu, seria na mesma região onde a tragédia da Gol aconteceu em 2006, a Amazônia.

A falta de controle sobre os voos na região amazônica está tão evidente quanto a desordem em Brasília, que não consegue solucionar o problema da aviação civil brasileira, que, a cada susto anunciado, expõe o quanto está em risco a vida das pessoas que aderiram às viagens aéreas, hoje indignadas pelo risco iminente a cada novo trecho.

A revolta da sociedade contra o governo vai além de iras momentâneas nos aeroportos espalhados pelo país. A indignação é também pela falta de organização governamental e também das empresas aéreas, que não conseguiram acompanhar o ritmo de procura pelas passagens aéreas, que colocam seus passageiros às intempéries de overbookings, estruturas ultrapassadas e desorganização institucional.

A maior procura da sociedade pelas viagens aéreas é uma resposta aos apelos do próprio governo e das empresas, que hoje parecem trabalharem para que as conquistas de uma economia estável tenham retrocesso.

É inadmissível que vidas humanas sejam colocadas em risco por conta de uma pífia atuação do governo sobre seus servidores do controle de voo, reconhecidamente ultrapassado, e sobre as empresas multimilionárias que exploram os céus brasileiros, mas não conseguem oferecer em troca ao menos uma segurança plena.
Folha de Rondônia

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