RIO DE JANEIRO - As taxas de ocupação das aeronaves devem cair à medida que os preços do seguro subirem, segundo a Indoswiss Aviation. A consultoria, especializada no setor aeronáutico, acredita que a queda vai ser inevitável depois das mais de 550 mortes em desastres com avião desde 1º de junho deste ano.
Com a queda do avião da iraniana Caspian Airlines nesta semana, o número de mortes em acidentes comerciais em 2009 chega a 629, de acordo com dados da Flight Safety Foundation. O número, que supera o total do ano passado, representa a primeira alta anual desde 2004.
– Com o aumento do número de acidentes, as pessoas poderão desistir de viajar e qualquer redução no tráfego não será boa para as companhias aéreas neste momento – disse o diretor-executivo da consultoria Indoswiss, sediada em Hong Kong, Jim Eckes.
Mais caro desde 2001
O preço do seguro também pode subir. Os custos do acidente com o Airbus A330, da Air France, no dia 1º de junho no Brasil, que matou 228 pessoas, e do Airbus da Yemenia Airways, no qual 152 pessoas morreram, vão fazer com que junho seja o mês mais caro para as seguradoras de companhias aéreas desde setembro de 2001, informou na semana passada a corretora de seguros Aon Corp.
O pagamento adiantado pelo desastre da Air France vai ser de aproximadamente 17.500 euros (US$ 25 mil) por vítima do acidente, disse o principal executivo da companhia aérea francesa, Pierre-Henri Gourgeon. O número mais alto de mortes em acidentes aéreos em um único ano foi de 2.374, em 1972, segundo a Flight Safety Foundation.
Na quarta-feira, um avião iraniano com 168 pessoas a bordo caiu poucos minutos depois de decolar de Teerã em direção a Ierevan, capital da Armênia. Todos os 153 passageiros e 15 tripulantes morreram no acidente. No dia 1º do mês passado, um Airbus da Air France, que partiu do Rio de Janeiro para Paris caiu no Oceano Atlântico com 228 a bordo. No dia 30, outro Airbus A310-300 da Yemenia caiu nas ilhas Comores, no Índico, com 152 a bordo.
jb on line
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