A suspeita de seis casos da gripe A(H1N1) a bordo do voo TAM 3891, que fazia a
rota Miami (EUA)-Salvador (BA), foi o que provocou o atraso de mais de três horas no pouso da aeronave no aeroporto do Recife, na madrugada desta segunda-feira (13).
A informação foi confirmada na tarde de hoje pelos técnicos da Anvisa em Belém (PA), onde o avião fez escala, e também pela assessoria de imprensa da TAM, que negou a ocorrência de pane elétrica ou falha técnica. O avião, que deveria ter aterrissado no aeroporto dos Guararapes-Gilberto Freyre às 22h25 deste domingo, pousou somente à 1h30 de hoje.
Segundo o escritório da Anvisa no Pará, assim que o avião da TAM fez escala em Belém às 18h45, o comandante da aeronave informou à torre de controle a ocorrência de alguns passageiros com sintomas da nova gripe durante o voo. O aviso foi repassado ao posto da Anvisa de Belém, que acionou imediatamente a equipe médica para fazer a inspeção na aeronave. Por critério de segurança, o avião foi posicionado em uma região remota do aeroporto.
Seis adolescentes, entre 15 e 18 anos, que participavam de uma excursão à Disney (Orlando), foram encaminhados pela vigilância epidemiológica ao Hospital Universitário Barros Barreto, de Belém, hospital de referência na cidade para tratamento de casos da gripe mundial. Todos os jovens são de Belém e apresentavam sintomas típicos da gripe (febre alta, tosse e dores pelo corpo). Eles foram medicados, estão em isolamento domiciliar e passam bem, mas ainda não se sabe se eles têm a doença.
Outros 24 passageiros do voo, que estavam nas quatro fileiras da frente e de trás, desceram da aeronave e tiveram de preencher o temro de controle sanitário do viajante. Eles prosseguiram a viagem, mas foram orientados a procurar o serviço de saúde se apresentarem algum sinal de suspeita nos próximos sete dias. Os demais passageiros receberam panfletos.
Antes de seguir viagem, a aeronave passou por uma ação técnica de limpeza sanitária segundo o protocolo de segurança do Ministério da Saúde. O procedimento durou entre duas e três horas, o que, segundo a Anvisa, justificou o atraso.
Segundo Patrícia Sebastião, coordenadora da Anvisa do Pará para portos e aeroportos, a abordagem em relação a anormalidades durante voos é “rara”. “Aqui (em Belém), é a segunda vez. A última aconteceu no final de maio e foi em relação a uma senhora que não atendia a definição de suspeita pela gripe AH1N1”, informou.
O mesmo voo TAM 3891, além de Belém e Recife, fez escalas em Fortaleza, Manaus e Salvador. Segundo os postos da Anvisa de Manaus, Fortaleza e Recife, nenhuma nova intercorrência foi identificada na aeronave.
Diario de Pernambuco
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