Todo o planejamento que envolve os planos de expansão do Aeroporto de Viracopos tem a convergência de todos os esforços de criar no Estado de São Paulo uma infraestrutura compatível com os planos de desenvolvimento a partir de uma megametrópole formada ao longo do eixo São Paulo-Campinas. As análises sucessivas de contexto apenas comprovam uma vocação já confirmada para o terminal, que reúne condições ideais de operação a maior parte do tempo, espaço para modificações estruturais e a existência de uma base capaz de minimizar os custos em relação à construção de um novo aeroporto.
Viracopos entra agora na sua rota de expansão, registrando neste primeiro semestre do ano resultados impressionantes que demonstram a enorme capacidade represada. O suplemento especial que circulou com a edição do Correio Popular de ontem é um retrato eloquente de que Viracopos não pode mais ser visto como um potencial para investimentos, ele é a realidade da conveniência do planejamento que agora se executa. A própria empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) já antecipa obras para adequar o espaço físico à demanda crescente, ampliando as áreas de trânsito, estacionamentos, pátio de aeronaves, hangares e terminal de aviação executiva.
O fluxo de passageiros no terminal cresceu 109% em relação aos primeiros meses de 2008, colocando o terminal da Região Metropolitana de Campinas (RMC) na agenda de embarque e desembarque de passageiros, em alternativa coerente ao tráfego de Congonhas e Cumbica. Com o ritmo de crescimento, pode-se estimar a passagem de 2 milhões de usuários até o final deste ano. A excelência de Viracopos no transporte de cargas já foi testada e os números comprovam esta vocação. A movimentação de produtos cresceu 745% em 16 anos, mostrando não apenas a capacidade operacional e logística do terminal como a força do setor produtivo da região, canalizando o fluxo de materiais na que é uma das mais importantes economias do País.
Essa capacidade de mobilização credencia Viracopos para o grande salto necessário para criar infraestrutura para a realização da Copa do Mundo de 2014, uma data que estabelece um compromisso de todos - empresários, investidores, governos, políticos - para cumprir a agenda que culmina com a linha do trem de alta velocidade (TAV), que estará em operação entre o Rio de Janeiro, a Capital e Campinas. Com isto, implanta-se uma solução de longo prazo para o transporte metropolitano, além de dar vazão ao importante eixo rodoviário do complexo Anhanguera-Bandeirantes.
É preciso que a influência política regional seja ampliada para todo o Estado e em todas as instâncias para que a oportunidade não seja desperdiçada. Finalmente, depois de muitos adiamentos, a vocação do aeroporto campineiro é desafiada a se tornar uma solução definitiva que projetará a RMC e o Estado de São Paulo como o mais importante polo econômico do País.
Aeroportos no Brasil
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