PARA HOSPEDAGEM CLIQUE NA IMAGEM

PARA HOSPEDAGEM CLIQUE NA IMAGEM
PARA HOSPEDAGEM CLIQUE NA IMAGEM

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Ainda sob efeito do voo 447, Air France revisa segurança


A Air France pediu à parceira americana Delta Air Lines Inc. que ajude a avaliar suas práticas internas de segurança depois do acidente no voo 447,
que matou 228 pessoas em junho.


"Pedimos que nosso parceiro americano realize uma auditoria", disse Véronique Brachet, uma porta-voz da Air France. Mas ela disse que as conversas com a Delta, que tem uma aliança mercadológica com a Air France, não haviam sido finalizadas.

O diretor-presidente, Pierre-Henri Gourgeon, disse ao Wall Street Journal que a Air France, filial da Air France-KLM SA, vai contratar especialistas externos para revisar suas práticas de segurança, em parte porque o acidente ainda não foi solucionado.

Ele disse que o objetivo é gerar um punhado de ideias que melhore significativamente as práticas de segurança da empresa. "Segurança é uma coisa dinâmica", disse Gourgeon. "O risco é dizer: 'Fizemos nosso trabalho, agora chega'.

" Uma porta-voz da Delta se negou a comentar o plano. Equipes de buscas da França e do Brasil não conseguiram encontrar a maior parte dos destroços do Airbus A330, que seguia do Rio para Paris e caiu em águas profundas a meio caminho entre o Brasil e o Senegal.

A consequência disso é que ainda não se sabe qual o papel de vários fatores que podem ter contribuído para o acidente. Mau tempo, problemas técnicos e falha humana são fatores suspeitos, mas sem mais provas a empresa e as autoridades não podem fazer muito mais para evitar a repetição da tragédia.
Os investigadores agora se preparam para reiniciar a busca dos destroços do avião no fundo do mar, a uma profundidade de vários quilômetros, embora uma nova expedição ainda vá demorar meses para ser preparada e realizada.
A queda do avião voltou a focar a atenção mundial no histórico de segurança e de treinamento dos pilotos da Air France. A companhia teve quatro acidentes significativos desde 1999, mais que a maioria das companhias aéreas mundiais.
Gourgeon disse que, antes do voo AF 447, o histórico de acidentes da Air France era melhor que a média das companhias aéreas mundiais e agora entrou na média.
Gourgeon disse que os empregados ficaram traumatizados com o acidente, que aumentou a tensão na companhia. Ele disse que, desde a queda do avião, a Air France tem registrado uma leve alta nas faltas de comissários de bordo em voos de longa distância. Ele reconheceu que a companhia já foi criticada várias vezes por alguns dos sindicatos menores de seus pilotos, que denunciaram supostos lapsos de segurança.
Gérard Arnoux, presidente do Spaf, um desses sindicatos menores, disse que "há um problema com a nossa cultura de segurança. Nosso ranking não é bom". Gourgeon disse esperar que a futura auditoria resolva esses problemas. Ele disse que a causa da queda do avião pode permanecer uma incógnita para sempre, por isso a Air France está atacando uma gama variada de problemas que podem ter causado a tragédia. "Mesmo que não saibamos o motivo, as pessoas precisam estar certas de que não ficou pedra sobre pedra", disse. A Delta não teve nenhum acidente ou incidente de segurança significativo desde 1988, segundo o Aviation Safety Network, um site que acompanha o setor.

Nenhum comentário: