Ministro convence secretária do Ambiente a ampliar prazo para Infraero adequar aeroporto
João Pequeno - www.jb.com.br
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, fez a secretária do Ambiente do Rio de Janeiro, Marilene Ramos, adiar, ontem, a decisão de multar a Infraero em R$ 25 mil por cada pouso ou decolagem no Aeroporto Santos Dumont entre 6h e 22h e dentro da Rota 2 – sobre oito bairros da Zona Sul cari oca.
Jobim ligou para Marilene e convenceu-a a acertar, nesta semana, com a Infraero, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Dcea), parâmetros e prazo para que a operação dos voos do Santos Dumont possa ser adaptada às exigências da legislação ambiental fluminense, na qual se baseiam as restrições e multas estabelecidas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), mas, por enquanto, suspensas.
A reunião será no Rio, na quinta ou na sexta-feira, segundo a secretária estadual do Ambiente, que se encontrará com os presidentes da Infraero, Murilo Marques Barboza e da Anac, Solange Vieira, e com o diretor geral do Dcea, tenente-brigadeiro do ar Ramon Cardoso.
Ontem e hoje, o Aeroporto Santos Dumont operou voos de 5h50 às 23h15, normalmente, mantendo a Rota 2, que passa sobre Cosme Velho, Botafogo, Urca, Santa Teresa, Laranjeiras, Flamengo, Catete e Glória.
A Infraero respondeu, em nota, que se manifestaria sobre as multas somente quando fosse notificada – o que já não acontecerá tão cedo.
Apesar de suspender as multas, Marilene Ramos negou ontem que tenha recuado na decisão de aplicálas à Infraero, alegando que apenas dará o tempo necessário para a empresa responsável pela administração dos aeroportos nacionais se adequar às novas restrições.
– Entendo que a Infraero trocou há pouco de presidente (Barboza tomou posse em 13 de agosto) e que a operação dos voos deve ter tempo para ser adaptada tecnicamente, pois será preciso definir nova rota e há voos já vendidos – ponderou.
Multa valendo A secretaria de Ambiente afirmou, ainda, que não cobrará as multas referentes aos voos do período entre o anúncio da restrição e o prazo para seu cumprimento, que deve ser definido na reunião.
Outra multa ambiental dada à Infraero, porém, continua valendo.
A companhia de administração aeroportuária continua sujeita à multa de R$ 250 mil, por operar o Santos Dumont sem licença ambiental definitiva.
Para obtê-la, a Infraero precisa entregar um estudo de impacto de ruído na Rota 2 que não demonstre barulho excessivo e de número de passageiros que não supere 5 milhões por ano.
A Infraero recorreu da multa, aplicada em 10 de agosto, seis dias após o JB publicar reportagem com moradores de bairros sobrevoados na Rota 2 reclamando do barulho.
A operação dos voos deve ter tempo para se adaptar ao horário e mudança de rota Marilene Ramos Secretária estadual do Ambiente " Foi importante a reivindicação chegar a um ministro Regina Chiaradia Presidente da Associação de Moradores de Botafogo (Amab) ".
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, fez a secretária do Ambiente do Rio de Janeiro, Marilene Ramos, adiar, ontem, a decisão de multar a Infraero em R$ 25 mil por cada pouso ou decolagem no Aeroporto Santos Dumont entre 6h e 22h e dentro da Rota 2 – sobre oito bairros da Zona Sul cari oca.
Jobim ligou para Marilene e convenceu-a a acertar, nesta semana, com a Infraero, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Dcea), parâmetros e prazo para que a operação dos voos do Santos Dumont possa ser adaptada às exigências da legislação ambiental fluminense, na qual se baseiam as restrições e multas estabelecidas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), mas, por enquanto, suspensas.
A reunião será no Rio, na quinta ou na sexta-feira, segundo a secretária estadual do Ambiente, que se encontrará com os presidentes da Infraero, Murilo Marques Barboza e da Anac, Solange Vieira, e com o diretor geral do Dcea, tenente-brigadeiro do ar Ramon Cardoso.
Ontem e hoje, o Aeroporto Santos Dumont operou voos de 5h50 às 23h15, normalmente, mantendo a Rota 2, que passa sobre Cosme Velho, Botafogo, Urca, Santa Teresa, Laranjeiras, Flamengo, Catete e Glória.
A Infraero respondeu, em nota, que se manifestaria sobre as multas somente quando fosse notificada – o que já não acontecerá tão cedo.
Apesar de suspender as multas, Marilene Ramos negou ontem que tenha recuado na decisão de aplicálas à Infraero, alegando que apenas dará o tempo necessário para a empresa responsável pela administração dos aeroportos nacionais se adequar às novas restrições.
– Entendo que a Infraero trocou há pouco de presidente (Barboza tomou posse em 13 de agosto) e que a operação dos voos deve ter tempo para ser adaptada tecnicamente, pois será preciso definir nova rota e há voos já vendidos – ponderou.
Multa valendo A secretaria de Ambiente afirmou, ainda, que não cobrará as multas referentes aos voos do período entre o anúncio da restrição e o prazo para seu cumprimento, que deve ser definido na reunião.
Outra multa ambiental dada à Infraero, porém, continua valendo.
A companhia de administração aeroportuária continua sujeita à multa de R$ 250 mil, por operar o Santos Dumont sem licença ambiental definitiva.
Para obtê-la, a Infraero precisa entregar um estudo de impacto de ruído na Rota 2 que não demonstre barulho excessivo e de número de passageiros que não supere 5 milhões por ano.
A Infraero recorreu da multa, aplicada em 10 de agosto, seis dias após o JB publicar reportagem com moradores de bairros sobrevoados na Rota 2 reclamando do barulho.
A operação dos voos deve ter tempo para se adaptar ao horário e mudança de rota Marilene Ramos Secretária estadual do Ambiente " Foi importante a reivindicação chegar a um ministro Regina Chiaradia Presidente da Associação de Moradores de Botafogo (Amab) ".
Carta do Leitor - www.oglobo.com.br
Pouso seguro
Como bem disse outro dia um leitor, nem piloto nem torre de controle escolhem o lado da pista em que a aeronave tem que pousar ou decolar. Avião decola e pousa sempre contra o vento. Essa Rota 02 é usada desde os anos 50 por voos comerciais, quando os aviões eram a pistão e depois foram sendo substituídos pelos turbo-hélices, ou seja, muito mais barulhentos que os atuais. Além disso, a aproximação — se feita pelo Norte — evitando o sobrevoo na Zona Sul, seria extremamente crítica. A posição do Pão de Açúcar dificulta em muito ao piloto estabilizar em tempo aeronaves de grande porte visando a um pouso seguro.
AEROPORTOS NO BRASIL
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