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terça-feira, 13 de outubro de 2009

Bolívia diz que comprará jatos chineses para combate às drogas



A Bolívia pretende comprar seis aviões militares leves chineses no valor de quase 58 milhões de dólares para combater o narcotráfico no país, que é o terceiro maior produtor mundial de cocaína, anunciou no sábado o presidente esquerdista Evo Morales.

"Na semana passada emitimos um decreto para ... a compra de seis aeronaves K-8 da China", disse Morales em discurso feito em La Paz para comemorar o 52 aniversário da força aérea boliviana.

Morales disse que seu governo decidiu comprar o K-8, um jato de treinamento que pode ser usado como avião leve de ataque, depois de o governo americano ter impedido o país de comprar aviões semelhantes da República Tcheca.

O principal aliado regional de Morales, o presidente venezuelano Hugo Chávez, também está comprando jatos chineses K-8 para perseguir aviões que transportam cocaína. Os jatos vão substituir a compra de Super Tucanos brasileiros, que foi impedida por um embargo de armas dos EUA.

A Bolívia é o terceiro maior produtor mundial de cocaína, depois da Colômbia e do Peru. Ela vem se desentendendo com Washington desde que Morales expulsou do país o embaixador e agentes antidrogas americanos, acusando-os de conspirar para derrubá-lo do poder.

Desde que chegou à Presidência, em 2006, Morales, índio aimará que cultivou coca no passado, vem promovendo reformas controversas para ajudar a maioria indígena pobre do país andino.

A folha de coca é o principal ingrediente da cocaína, mas índios da Bolívia e em toda a região andina a usam em rituais e a mascam para aproveitar suas propriedades medicinais e nutritivas.

Morales também disse que a Bolívia está negociando a aquisição de um Antonov da fabricante de aviões russa Ilyushin, para ser usado como o avião presidencial, e que a empresa estuda a possibilidade de construir um centro de reparo de aviões no país.

No mês passado, Morales anunciou um plano para adquirir um satélite de comunicações chinês no valor de até 300 milhões de dólares.

O Globo

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