Sob alegação de forte pressão no trabalho, um controlador de voo militar invadiu uma das pistas de pouso e decolagem do Aeroporto Internacional do Galeão(Tom Jobim)-Rio de Janeiro, às 10h41 de ontem. Testemunhas disseram que ele estava deprimido, estressado e descontrolado e, tinha a intenção clara de se matar.
O sargento, que participava de uma marcha na via de circulação de viaturas, foi contido por colegas. Mesmo assim, dois aviões foram orientados a arremeter(abortar o pouso a poucos metros do chão) a fim de evitar um grande acidente.
Os controladores estariam sendo obrigados, por exemplo, a ficar de serviço armado nos dias de folgas e a fazer marchas de oito quilômetros, sob forte humilhação.
_ O que eles estão querendo é que a gente fique mais tempo à disposição deles. Não querem que a gente tenha outro emprego; que passe fome. Os controladores estão ficando estressados e desesperados-contou um sargento .
_O sargento que invadiu a pista estava participando de uma marcha e em determinado momento, correu em direção a uma das pistas . A torre foi avisada e os voos GOL 1591 (Brasília -Galeão) e TAM 8085(Guarulhos -Galeão) foram orientados a arremeter, com máxima urgência- contou outro militar.
A Aeronáutica confirmou ao blog do congresso (http://blig.ig.com.br/blogdocongresso/2009/11/14/controlador-de-voo-tenta-se-matar-em-pista-do-galeao/ ) sobre o incidente e afirmou que será aberta uma sindicância para investigar o caso e a devida punição.
O presidente da Associação Brasileira de Controle de Tráfego Aéreo, Edileuzo Souza, disse ao blog que, já pediu um relatório com informações a controladores do Rio de Janeiro.
_ Depois da crise aérea(entre o final de 2006 e o ano de 2007), o estresse aumentou muito. Em 2007, houve três controladores de voo que morreram de derrame trabalhando e a imprensa abafou; não publicou nada. No Rio, em 2008, houve a morte de um operador. Os controladores vivem numa panela de pressão. Antes da crise aérea, um operador, trabalhava , em média, 120 horas mensais. Hoje, são 167, e ameaçados. Outros acidentes vão acontecer, disse.
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