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terça-feira, 17 de novembro de 2009
Gol investirá para ajudar a desenvolver biocombustível
A Gol é, desde a semana passada, a primeira companhia aérea da América Latina a integrar uma associação internacional para o desenvolvimento de um biocombustível para aviões, ou BioQAV, como está sendo chamado o querosene de aviação elaborado a partir de matérias-primas renováveis e que pode ter o uso aprovado em 2010.
Batizado como Grupo de Usuários de Combustível de Aviação Sustentável, ou Sustainable Avia-tion Fuel Users Group (Safug), a entidade tem a fabricante americana de aeronaves Boeing como um dos principais incentívadores.
"Além da preocupação com os investidores, nós também temos a preocupação com a preservação do meio ambiente", afirma Fernando Rockert de Magalhães, que ocupa a vice-presidência técnica da Gol. Segundo o executivo, mais conhecido como comandante Rockert, o objetivo da Gol é conquistar o status de companhia aérea "verde". Para isso, ele diz que a companhia vai investir em estudos e no desenvolvimento do BioQAV, mas a quantia ainda não foi definida.
Air France-KLM, Air New Zealand, AU Nippon Airways (ANA), Cargolux, Gulf Air, Japan Airhnes, SAS e Virgin Atlantic são as demais integrantes do Safug. A associação já está trabalhando com duas alternativas de matéria-prima para o BioQAV: o pinhão manso, uma oleaginosa en-
Magalhães, vice-presidente da Gol: objetivo é reduzir emissão de poluentes e ser considerada uma companhia "verde" contrada nas regiões Sudeste, Centro-oeste e Nordeste do Brasil, e uma alga marinha.
O óleo extraído do pinhão manso, cujo nome científico é Ja-tropha curcas, demonstrou em testes que tem 83,9% do poder ca-lorífico do óleo diesel. Na opinião de Rockert, a alga seria mais viável pois ela se reproduz com rapidez até em águas poluídas.
"Como somos a primeira empresa da América Latina (a entrar na associação), é possível que sejamos também a primeira companhia aérea da região a usar esse combustível", avalia Rockert.
A Associação Internacional do Transporte Aéreo (lata, na sigla em inglês) pretende aprovar o uso comercial do BioQAV em 2010, afirma o representante da lata no Brasil, Fihpe Reis. Segundo ele, o objetivo é colaborar para reduzir a emissão de gases nocivos ao meio ambiente, já que o QAV tem um alto índice de poluição. Estudos da lata indicam que a utilização de um biocombustível pode reduzir em até 80% a emissão de dióxido de carbono das aeronaves.
"Empresas como KLM e Qantas já fizeram o teste (com biocombustível). As primeiras experiências usaram uma mistiira com 50% de biocombustível e 50% de QAV", afirmou o representante da lata.
Embora não na área de biocombustíveis, a maior rival da Gol, a TAM também é signatária de iniciativas globais para reduzir a emissão de poluentes. A empresa é membro do Carbon Disclosure Project ("Relatório de Informações sobre Carbono", ou CDP na sigla em inglês), para o qual tem de relatar medidas de contiole de emissões de gases do efeito estufa, e aderiu, em 2008, ao Pacto Global das Nações Unidas, que prevê práticas de sustentabilidade.
Biodieselbr.com
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