A Azul Linhas Aéreas estima que todo o setor de aviação brasileiro eleve as tarifas entre 10% e 20% no próximo ano, para quando a companhia tem expectativa de aumento de até 15% do tráfego, segundo declarou segunda-feira o presidente da empresa, Pedro Janot. Ele também afirmou que a Azul poderá fazer uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em 2011 ou 2012.
"Deve ser um ano de menos promoções e menos assentos mais baratos disponíveis", disse Janot, durante evento de comemoração da marca de 2 milhões de clientes transportados pela Azul em quase um ano de operação da empresa, que faz aniversário no dia 15 de dezembro. Em agosto, a Azul atingiu o milionésimo cliente transportado.
"As companhias têm de ter rentabilidade e a demanda vai ser forte. As empresas vão ajustar o preço à demanda", resumiu.
De acordo com o presidente da Azul, 2009 deve terminar com crescimento do tráfego aéreo no mercado doméstico de cerca de 10%, número bom diante da crise global que prejudicou o mercado no primeiro semestre.
Janot disse que a ocupação continua elevada nos aviões da Azul, em alguns trechos acima de 90%. A empresa deve receber sete aviões da Embraer no ano que vem. Se o mercado continuar aquecido, a Azul pode antecipar algumas encomendas ou buscar aviões usados no mercado.
Oferta pública
A eventual abertura de capital da companhia aérea estaria condicionada à aprovação pelo Congresso da lei que eleva o limite de capital estrangeiro em empresas aéreas brasileiras de 20% para 49%. No último dia 25, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou o projeto de lei, que precisa passar ainda pela Câmara.
"Nossa proposta é fazer um IPO no projeto Azul. Este momento está chegando. Com os 49% aprovados pelo Congresso, vai ficar mais atrativo. Seria um IPO no Brasil, provavelmente em 2011 ou 2012", informou.
O foco da Azul continuará sendo voos no mercado interno, mas a possibilidade de voar para o exterior não pode ser descartada em caso de entrada de um novo sócio de peso durante o processo de IPO, observou Janot.
Gol mantém ocupação apesar da alta nas tarifas
A Gol praticamente manteve a taxa de ocupação de aeronaves acima de 71% em novembro, apesar da recuperação do preço das tarifas das passagens aéreas, informou segunda-feira a companhia. Em comunicado ao mercado, a Gol informou que "o yield líquido (medida que envolve as tarifas cobradas pela empresa) do mês passado já apresentou recuperação e ficou em torno de R$ 0,19. Essa tendência de elevação de yields deverá continuar durante os próximos meses".
A companhia aérea informou que a demanda no mercado doméstico cresceu 45,9% em comparação a novembro de 2008, para 2,204 milhões de passageiros. Mas na comparação com outubro, registrou queda de 1,6%, devido ao menor número de dias do mês passado sobre o anterior.
"Se considerarmos a demanda média diária entre os dois meses, houve um aumento de 1,7% sobre outubro", declarou a empresa.
A demanda cresceu 9,6% no mercado internacional em relação a novembro do ano passado, apoiada na valorização do real sobre o dólar e em novos vôos. Na comparação com outubro, houve alta de 2,9%, principalmente pela continuidade do efeito da recuperação do tráfego em rotas para Argentina e Chile, com a redução de casos da gripe H1N1 na região.
A demanda total por voos da Gol subiu 41,1% em novembro sobre novembro de 2008, para 2,458 milhões de passageiros.
TERRA
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