Copenhague, 8 dez (Lusa) - O setor da aviação se comprometeu a reduzir as emissões de gases poluentes em 50% até 2050, através da utilização de aviões com consumo de combustíveis menor e com uma maior aposta nos biocombustíveis, anunciou nesta terça-feira a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).
Em comunicado divulgado durante o segundo dia de trabalhos da Conferência do Clima, em Copenhague, que debate a questão das mudanças climáticas, a Iata anunciou que as companhias aéreas estão investindo mais de US$ 1,5 bilhão em novas aeronaves para reduzir, até 2020, as emissões de dióxido de carbono (CO2) geradas pelo segmento.
O setor aéreo prevê também realizar uma maior aposta na utilização de biocombustíveis para abastecer os voos comerciais, possibilidade que já está sendo testada por cinco companhias aéreas, para cortar as emissões poluentes em até 80%.
A associação afirmou que os testes deverão estar concluídos em 2011. Para conseguir um corte das emissões de CO2 até 2050, a estratégia da Iata inclui a aposta em aviões mais eficientes em termo de consumo, explica o comunicado.
Segundo Anthony Concil, porta-voz da entidade, o setor da aviação é responsável por uma taxa de entre 2% e 3% das emissões globais de dióxido de carbono, muito abaixo de outras indústrias, apesar de estar no centro das críticas dos ambientalistas.
Em Copenhague, onde delegações de 192 países tentam chegar a um acordo sobre um pacto legalmente vinculativo que substitua o Protocolo de Quioto, houve vários protestos contra a quantidade de CO2 produzida pela própria reunião, incluindo as emissões geradas pelos aviões privados que saíram de todas as partes do mundo rumo à capital dinamarquesa, onde mais de 100 chefes de Estado e de governo já confirmaram presença.
UOL Viagem
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