A Embraer comemorou com boas expectativas, nesta 2ª feira (7), o 15º aniversário de sua privatização, ocorrida em 1994, quando a empresa foi adquirida pelo grupo Bozano Simonsen e pelos fundos de pensão Previ e Sistel, por R$ 154,1 milhões (em valores atualizados). Nesse período a empresa cresceu dez vezes e acumulou um saldo positivo de aproximadamente US$ 13 bilhões na balança comercial brasileira. Segundo o vice-presidente para Assuntos Corporativos da companhia, Horácio Forjaz, apesar de enxergar o fim da crise apenas para meados de 2012, a empresa continua liderando o mercado de aeronaves de 30 a 120 assentos e tem posição consolidada no mercado, ocupando a terceira colocação entre os fabricantes de jatos comerciais do mundo.
“Depois de 15 anos podemos dizer que os avanços foram notáveis”, diz. Ele destacou também que o mercado de jatos executivos está muito favorável á Embraer, que disponibiliza a família Legacy, cujo projeto custou cerca de US$ 750 milhões de dólares, mas deixou a empresa muito bem posicionada, com a oferta de um produto com espaço e conforto superiores, desempenho excelente e baixo custo operacional. “Estamos sendo muito bem sucedidos”, observa. Outra aposta feita pela empresa, segundo Forjaz, é a montagem do cargueiro militar KC-390, cujo contrato para desenvolvimento do projeto foi assinado com a Força Aérea Brasileira em abril passado, no valor deR$ 3,2 bilhões.
Os dois protótipos previstos devem ficar prontos em 2015 e, sendo aprovados, a produção começa logo no ano seguinte. “Esse avião foi concebido para atender os requisitos da FAB, mas vai ocupar um nicho interessante no mercado futuramente”, disse o diretor. Ele lembra o caso do Super Tucano, que foi feito para o Governo brasileiro, mas já fez carreira internacional. A empresa também negocia parcerias para fabricar o KC-390.
Novos modelos
Apesar das notícias da possível produção de novos modelos, para o mercado de aeronaves com mais de 130 assentos, que seriam lançados na próxima década, Forjaz nega que haja qualquer estudo concreto nessa direção, apesar da empresa estar sempre atenta ao movimento da concorrência. “A Embraer não deixa de examinar o que se passa á sua volta, mas temos tempo e produtos bem situados no mercado”.
Para entrar no segmento de aeronaves com mais de 140 assentos, segundo Forjaz, a empresa teria que enfrentar a forte concorrência de empresas como Airbus e Boeing. “O foco é geração de novas tecnologias de propulsão de aeronaves, com motores de baixo ruído e baixo consumo. Os fabricantes estão olhando essas tecnologias, conjuntamente com a possibilidade de novos produtos, mas aguardam o que deve ocorrer nesse período de crise”, finalizou.
Poder Aéreo
Nenhum comentário:
Postar um comentário